O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de uso indevido de recursos públicos para a pavimentação de estradas que dão acesso a propriedades de sua família em Vitorino Freire (MA).
Em nota, o ministro alegou inocência. Segundo ele, o caso não tem nenhuma relação com sua atuação à frente do Ministério das Comunicações, mas à indicação de emendas parlamentares, quando exercia o cargo de deputado federal.
“No exercício do cargo como deputado federal, apenas indiquei emendas parlamentares para custear obras. A licitação, realização e fiscalização dessas obras são de responsabilidade do Poder Executivo e dos demais órgãos competentes”, informou, nesta quarta-feira (12), por meio de nota, Juscelino Filho.
Leia mais:
Google lança IA geradora de vídeo para clientes de serviço de nuvem
Dos 'baby boomers' à geração Z, consumidores se identificam com as mesmas marcas, diz pesquisa
Clientes da 123miIlhas têm até esta terça (3) para pedir dinheiro de volta
Japão recolhe réplica de espada de Harry Potter por violação da lei de armas
Ainda em maio de 2023, o ministro já havia se reunido com o presidente Lula para prestar esclarecimento sobre o caso. Mais de R$ 5 milhões haviam sido repassados à prefeitura de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, município que tem, como prefeita, a irmã dele, Luanna Rezende.
Defesa
Em nota, o minsitro disse que a investigação que resultou em seu indiciamento concentrou-se em “criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”.
“O indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”, argumentou.
Ele acrescentou que, durante o depoimento prestado sobre o caso, o delegado responsável “não fez questionamentos relevantes sobre o objeto da investigação” e que, além disso, teria encerrado o depoimento de forma abrupta, após 15 minutos, sem ter dado espaço para esclarecimentos ou aprofundamento.
“Isso suscita dúvidas sobre sua isenção, repetindo um modus operandi que já vimos na Operação Lava Jato e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”, complementou.