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Indígenas se mobilizam contra notícias falsas sobre covid-19

22 mar 2021 às 17:10

Aldeias indígenas de todo país têm se mobilizado contra a propagação de notícias falsas em relação à segurança das vacinas contra a covid-19. No Amazonas, a FAS (Fundação Amazônia Sustentável) desenvolveu um material informativo para conscientizar a população indígena e reforçar a mensagem de que a vacinação salva vidas.


Ao todo, seis áudios produzidos pela organização alertam sobre a disseminação de informações falsas e explicam de forma simples e rápida como as vacinas funcionam, destacando que, antes de serem disponibilizadas à população, elas passaram por uma série de testes minuciosos e extremamente cuidadosos, para que chegassem até as pessoas de forma a garantir uma imunização segura.


Ao final de cada informativo, um convite: faça sua parte, tome a vacina, proteja a si mesmo e toda a comunidade. A ideia é estimular o compartilhamento dos áudios para o máximo de "parentes” indígenas por meio dos aplicativos de mensagens.


Mortalidade - A taxa de mortalidade pela covid-19 entre os indígenas da Amazônia Legal é 150% mais alta do que a média nacional, segundo uma análise feita pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e o Ipam (Instituto de Pesquisa da Amazônia). Sem oferta de serviços básicos como assistência médica, infraestrutura e acesso à informação, essas populações historicamente vulneráveis estão sendo duramente afetadas pela pandemia.


Para ajudar a minimizar esses impactos, a FAS criou a Aliança Covid Amazonas, uma grande "força-tarefa” de enfrentamento ao vírus, que atualmente tem 120 parceiros, entre prefeituras, ONGs, empresas, instituições internacionais e de pesquisas, além de embaixadas de outros países. Desde abril de 2020, a iniciativa vem desenvolvendo ações para ajudar as populações mais afetadas, principalmente em aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas, além de bairros de baixa renda de Manaus.


De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 66% da população indígena do grupo prioritário já recebeu a primeira dose da vacina e a maioria dos DSEI (distritos sanitários especiais indígenas) iniciou a segunda dose.

Segundo boletim epidemiológico da pasta, 605 indígenas morreram por covid-19 em todo o país.


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