Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Julgamento da ação

Justiça de Londrina determina fechamento das escolas particulares

Isabella Alonso Panho* - estagiária
25 nov 2020 às 08:22
- Gustavo Carneiro/Grupo Folha
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

As escolas particulares de Londrina voltarão a fechar suas portas. Apesar de terem conseguido junto ao Tribunal de Justiça uma liminar - decisão de caráter provisório - permitindo a reabertura gradual e escalonada, com a retomada de algumas atividades, nesta terça-feira (24) o juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, Marcos José Vieira, sentenciou o mandado de segurança impetrado pelo Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Norte do Paraná), negando os pedidos formulados pelo órgão e revertendo a liminar.


Segundo os termos da sentença, não haveria em Londrina indícios de um "recuo consistente do número de pessoas infectadas e de ocupação de leitos hospitalares", pressuposto para que as escolas pudessem voltar a funcionar.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Em outro trecho da decisão, o juiz responsável pelo caso entendeu que o Poder Judiciário não pode substituir as funções da administração pública, decidindo como e quando as escolas poderiam reabrir - o que depende, segundo a sentença, de "assessoramento técnico e de monitoração constante de dados epidemiológicos", atividades que não cabem dentro de um processo judicial.

Leia mais:

Imagem de destaque
228 municípios

Concurso Nacional Unificado terá mais de 3.600 locais de prova; saiba como consultar

Imagem de destaque
Confira!

Concurso Nacional Unificado libera cartão de confirmação

Imagem de destaque
Segundo ONG

Em 10 anos, escolas estaduais do país perderam um terço dos professores efetivos

Imagem de destaque
PL das cobaias

Senado aprova projeto que regula pesquisa com seres humanos


Como o Sinepe ainda não foi oficialmente intimado da sentença, Alderi Ferraresi, presidente do órgão, disse que as escolas continuarão funcionando normalmente nesta quarta-feira (25) e que o órgão recorrerá ao Tribunal de Justiça para alterar a decisão. Segundo ele, faltariam apenas 16 dias úteis para o encerramento do calendário escolar de 2020.

Publicidade


A ação começou a tramitar em agosto e nesse mesmo mês a Justiça de Londrina negou a liminar solicitada pelo Sindicato, que queria, já naquele momento, retomar as atividades. O órgão recorreu ao Tribunal de Justiça do Paraná, que, em outubro, permitiu a abertura parcial das escolas. Desde então, os estabelecimentos filiados ao Sinepe têm autorização para realizar atividades de forma presencial e escalonada.


No mandado de segurança, tanto o Município de Londrina, que é réu no processo, quanto o Ministério Público se posicionaram contrários à reabertura das atividades.

Publicidade


Como noticiado pelo Bonde, desde que foi permitida a reabertura das escolas particulares, um colégio de Londrina precisou fechar depois da confirmação de um caso de Covid-19 entre os alunos. As aulas voltaram a ser virtuais e foram retomadas no último dia 20.


Conforme o presidente do Sinepe, a sentença de Marcos José Vieira coloca Londrina na contramão dos movimentos de reabertura que ocorrem em diversos países. "Isso [referindo-se à sentença] contraria centenas de trabalhos científicos que que demonstram de forma clara que a volta das escolas não alterou os índices do coronavírus, sendo possível o atendimento presencial sem que isso traga insegurança para a população e para os alunos", afirma Ferraresi. Ele arremata: "Estamos na contramão do mundo".


Atualizado às 9h32.

*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade