O Cepe (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão) da UEL aprovou, nesta quinta-feira (7), o calendário do ano letivo de 2024. A proposta é alinhar as atividades acadêmicas da graduação com o ano civil a partir de 2025.
As atividades na graduação da UEL estão com seis meses de atraso desde 2020, em virtude da pandemia da Covid-19. Durante o período de isolamento, as aulas foram realizadas no modo remoto, contabilizando mais dias letivos, atenuando essa diferença de um semestre.
De acordo com a proposta aprovada pelo Conselho, o esforço concentrado em 2024 possibilitará que o ano letivo de 2025 tenha início em 24 de março, com previsão de conclusão em 18 de dezembro.
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Pela proposta aprovada nesta quinta, o ano letivo de 2024 terá início em 17 de junho e terminará em 28 de fevereiro de 2025. A partir daí, a previsão é de que ocorra o alinhamento entre as atividades acadêmicas e o ano civil. Dessa forma, o 1º semestre do ano será de 17 de junho de 2024 a 11 de outubro de 2024.
Já o 2º semestre será de 14 de outubro de 2024 a 28 de fevereiro de 2025, considerando o recesso de final e início de ano, totalizando 202 dias letivos. De acordo com o calendário aprovado, estão previstas atividades aos sábados. Os intervalos de férias entre os semestres também foram reduzidos.
Segundo a reitora, Marta Favaro, a proposta foi debatida de forma intensa pela Câmara de Graduação antes da apreciação pelo Cepe e representa uma dedicação coletiva e que deverá trazer reflexos em todas as atividades da UEL. “Será um esforço concentrado por parte de professores, estudantes e agentes universitários, mas que vai devolver a normalidade das atividades acadêmicas”, definiu ela. Segundo a reitora, a comunidade universitária terá um grande trabalho pela frente, inclusive empreendendo esforços para refinar as atividades para vencer mais esse desafio, ressaltou ela.
O atraso de seis meses traz impactos para a universidade como dificuldades na avaliação externa realizada nos cursos, diminuição da procura de candidatos no vestibular, evasão de alunos, prejuízos para aulas práticas e estágios e continuidade dos estudos na pós-graduação, considerando a não aproximação das datas de conclusão com os processos seletivos. Na justificativa apresentada junto à proposta, a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) sustentou que todos os feriados foram mantidos e há espaço para possibilidade de férias no intervalo entre os semestres.
De acordo com a pró-reitora de Graduação, Ana Marcia Tucci de Carvalho, o calendário proposto e aprovado nesta quinta considerou a pluralidade de cursos e situações de cada graduação. Ela adiantou que as atividades do calendário deverão ser acompanhadas pela Prograd como apoio contínuo a todos os colegiados de curso para sanar problemas que possam ocorrer. De acordo com a pró-reitora, a UEL é uma das poucas universidades de grande porte que ainda não haviam alinhado o calendário acadêmico de graduação com o ano civil.
Ainda segundo Ana Marcia, a proposta aprovada cumpre a legislação que prevê 200 dias letivos de atividades, mantendo feriados e férias. Ela destacou também que a proposta não representa uma situação ideal, mas uma possibilidade concreta para dar fim a um descompasso, buscando solucionar problemas como estudantes que perdem oportunidades de emprego, de bolsas de estudos e de continuidade de cursos de residências e de pós-graduação. “É um esforço que será realizado por todos nós, mas vai compensar porque poderemos finalmente regularizar o calendário”, definiu.