O MHL (Museu Histórico de Londrina) uniu esforços com o NDPH (Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) dapara digitalizar o acervo de jornais da Folha de Londrina, desde o início da publicação, em 1948, até os dias atuais. O projeto “Preservação de Coleções da Prefeitura Municipal de Londrina no Museu Histórico da cidade”, aprovado no segundo semestre de 2021, é uma continuação de um projeto realizado pelo Museu, que conta, agora, com a ajuda do NDPH. O projeto recebe verbas do Programa Municipal de Incentivo à Cultura) e conta com residente técnico, servidores e estagiários para digitalizar milhares de páginas do periódico.
De acordo com a diretora do Museu Histórico, Edmeia Ribeiro, a digitalização dos jornais já era feita anteriormente, em outro projeto tocado pelo Museu, via Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural de Londrina e PROMIC. Porém, neste ano, o Museu se juntou ao NDPH para agilizar a digitalização dos documentos, a partir da expertise da equipe do Museu, que já realiza essa atividade desde 2017. A equipe conta com os diretores José Miguel Arias Neto (NDPH) e Edmeia, ambos professores do Departamento de História, um residente técnico e estagiários.
Edmeia explica que o processo de digitalização conta com várias etapas e é basicamente manual. Primeiro, a equipe higieniza os jornais, já que alguns exemplares são tão antigos que estão até se desfazendo. As edições são separadas em cadernos: cada caderno contém entre 300 a 1000 páginas e representa cerca de um mês de edições da Folha. “Cada caderno leva de quatro dias a duas semanas para ser digitalizado”, avaliou Edmeia.
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Documentos virtuais
A digitalização é feita com o auxílio de uma máquina fotográfica, em uma mesa específica. Depois, o material é transferido para um editor de imagens, salvo em .pdf e convertido para .ocr (formato que permite o reconhecimento ótico para indexação de caracteres de textos em imagens). “Por fim, depois de todo esse processo, subimos os documentos na plataforma Pergamum, que reúne a documentação digitalizada dos museus do Estado”, completou a professora.
O processo, segundo Edmeia, é realizado nas duas pontas: enquanto o Museu prossegue na digitalização, que começou com os cadernos de 1948, ano de fundação do jornal, e avançou até meados de 1970, o NDPH cobre as “lacunas” de edições que o Museu não tem arquivadas. “Agora, estamos na década de 1950”, afirmou o diretor do Núcleo, José Miguel Arias Neto. “O processo poderia ser encurtado se tivéssemos um scanner para digitalizar. Aí, eliminaríamos todas as etapas de tratamento de imagem”, completou. O grupo pretende finalizar o processo de digitalização em até 2 anos.