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Seminário 'O golpe de 2016'

'Não defendemos partido nenhum, mas o Estado Democrático de Direito', afirma professor da UEL

Fernando Buchhorn-Redação Bonde
15 mar 2018 às 17:35

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- Anderson Coelho/Grupo Folha
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"Não estamos defendendo partido [político] nenhum, estamos defendendo o Estado Democrático de Direito." Este é o objetivo do seminário "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil", segundo o professor e um dos organizadores Jozimar Paes de Almeida, do Departamento de História da UEL (Universidade Estadual de Londrina).

Previsto para os dias 26, 27 e 28 de março, o seminário vai colocar em pauta discussões sobre o sistema político brasileiro e sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, entendido como ruptura democrática, ou golpe, ocorrido em 2016.

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Segundo Almeida, a ideia de realizar o seminário surgiu tanto pela importância de se discutir o assunto com a comunidade universitária, como pela necessidade de dar uma resposta à represália do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), à UnB (Universidade de Brasília) no início do ano - o motivo foi porque a instituição criou uma disciplina optativa de mesmo tema e nome.

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O professor de história explica que a UEL não é uma instituição militar ou eclesiástica e que, portanto, não precisa condicionar o conteúdo a ser debatido à vontade de seus superiores hierárquicos. "[A universidade] é um espaço livre para questionar qualquer tema que possa ser colocado. Se a UEL não tem liberdade para fazer seus questionamentos, então deixa de ser universidade."

O seminário de três dias vai ser organizado no Anfiteatro Maior do CCH (Centro de Ciências Humanas), no campus da UEL. Almeida explica que os componentes das mesas redondas ainda não foram divulgados, mas o evento é gratuito, aberto ao público e os oficialmente inscritos terão direito a certificados. "É nosso dever proteger o Estado Democrático de Direito e temos o direito de poder questionar."


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