O primeiro semestre do ano letivo de 2020 foi desafiador para pais e filhos, sobretudo, nas primeiras etapas de escolarização. As famílias passaram pela experiência de acompanhar as atividades escolares junto às crianças de forma intensa e, mais do que isso, pensar nas possibilidades de ensino. Muito engajamento e motivação que foram necessários para que a rotina escolar permanecesse sólida e que o aprendizado continuasse, mesmo distante da sala de aula.
"Diferente dos jovens e adultos que possuem mais autonomia para o desenvolvimento dos estudos, os alunos matriculados na Educação Infantil ou no Ensino Fundamental necessitam de acompanhamento constante para realização das atividades escolares. O primeiro semestre foi de uma nova realidade para os pais e familiares, que se depararam com exigências nunca antes vivenciadas”, avalia a professora do curso de pedagogia da Unopar do Piza, Josiane Rodrigues Barbosa Vioto.
Com uma perspectiva ainda difícil de avaliar sobre o retorno das aulas no segundo semestre, a especialista em educação da Unopar pontua algumas estratégias importantes para que o ano letivo das crianças feche positivo em termos educacionais.
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Mais do que nunca, pais e educadores em sinergia
Neste primeiro semestre, ficou ainda mais latente que pais não são educadores, não foram formados para atuarem em uma ação tão complexa que é o ato de ensinar, mas podem auxiliar seus filhos no desenvolvimento das atividades, desde que sejam respaldados pelos professores. Essa sinergia é fundamental.
Depois da turbulência, é hora de se organizar
Com rotinas turbulentas, cada família buscou se adequar da melhor forma possível para que as atividades escolares fossem repassadas aos pequenos. Algumas tiveram sucesso e outras acabaram bem sobrecarregadas. Os educadores de forma geral sugerem analisar qual o melhor momento para auxiliar os filhos nos estudos sem a divisão de atenção, como por exemplo: na parte da manhã realizar as atividades propostas pelos professores e na parte da tarde possibilitar momentos de brincadeiras, descontração e relaxamento de uma forma intermitente para que fique mais leve, e não sobrecarregue a crianças com atividades sistematizadas.
Compartilhe as angústias e evite danos emocionais
No caso de dúvidas ou incertezas quanto a forma de auxiliar os filhos nas atividades escolares, recomenda-se que os pais ou familiares apresentem para os professores e para as escolas as angústias e incertezas, pois é necessária essa união entre a família e a escola, trabalhando sempre em equipe. Sobrecarregar os pais de uma atividade na qual não foram preparados pode causar danos emocionais - não só para eles que necessitam manter-se em um equilíbrio entre tantas atividades - mas principalmente para as crianças, que nesse momento são foco de toda atenção.