Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Vacina nacional!

UFMG desenvolve vacina contra a covid-19

Agência Brasil/Alana Gandra
10 fev 2021 às 16:21

Compartilhar notícia

- Reprodução/Facebook
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Se tudo correr como previsto e houver os investimentos necessários, o Brasil terá uma vacina nacional contra o novo coronavírus (covid-19) em 2022. O primeiro imunizante nacional contra a covid-19 está sendo desenvolvido pelo CT-Vacinas (Centro de Tecnologia em Vacinas) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), junto com outros estudos relevantes na mesma área de vacinas.


A parceria firmada no dia 4 de fevereiro entre a UFMG, o governo de Minas Gerais e o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) pode acelerar a produção de vacinas no estado, segundo a professora Ana Paula Fernandes, uma das coordenadoras do CT-Vacinas.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Outros parceiros poderão participar do projeto, entre os quais a Funed (Fundação Ezequiel Dias), que tem uma fábrica para produção de vacinas. A professora disse que a parceria está sendo avaliada.

Leia mais:

Imagem de destaque
Nova lei

Câmara aprova proibição de celulares em escolas do país

Imagem de destaque
Previsão da ONU

La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência

Imagem de destaque
53% dos colégios aptos

Paraná pode ter 95 colégios dentro do programa Parceiro da Escola a partir de 2025

Imagem de destaque
Confirmado

2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus


Testes - Em 2020, foram realizados testes em modelos animais (camundongos), quando a equipe do CT-Vacinas identificou os antígenos e a melhor composição nesse sentido. "Fizemos testes em animais, inclusive em animais transgênicos [geneticamente modificados], necessários para esse tipo de análise”, informou Ana Paula.

Publicidade


A equipe está se preparando para lançar estudos clínicos, seguindo os parâmetros da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para depois começar os testes em humanos.


Para definir qual vai ser a composição da vacina, serão feitos testes de toxigenicidade em outros dois modelos, que poderão ser ratos e coelhos, de modo a cumprir exigência da Anvisa. "Será preparado um lote piloto para testagem em animais, e que servirá também para humanos, e usa essa formulação para o teste clínico de segurança, inicialmente, imunogenicidade, e, depois, o teste de proteção”, disse a professora da UFMG.

Publicidade


A perspectiva é que, havendo investimentos, os testes em humanos poderão ser realizados ainda em 2021, de acordo com a professora.


Independência - Na fase inicial do projeto e nas alternativas buscadas pelo CT-Vacinas, foram gastos R$ 5 milhões. Ana Paula Fernandes disse que para as fases 1 e 2 - testes em animais -, o valor dos investimentos oscila entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. A etapa clínica, que envolve os testes em humanos, é bem mais cara, alcançando recursos em torno de R$ 100 milhões.

Publicidade


Ana Paula destacou que esse investimento, embora seja elevado, "é menor do que aquele que está sendo feito para a transferência das tecnologias de fora”.


"Esse processo vai ser, realmente, um marco histórico, que vai poder ser replicado para outros processos, para que o Brasil tenha independência nessa área estratégica”, disse a coordenadora do CT-Vacinas.

Publicidade


De acordo com Ana Paula, todos os países do grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), à exceção do Brasil, "conseguem abocanhar, digamos assim, uma fração considerável do mercado de insumos em vacinas mundialmente”, o que repercute de maneira positiva em suas balanças comerciais.


"O Brasil tem competência para fazer isso. Precisa é colocar os elos da cadeia conectados”, disse a professora. Na avaliação de Ana Paula, o projeto da UFMG tem esse vínculo.

Publicidade


Ela disse que, ao contrário do Instituto Butantan ou da Biomanguinhos, que estão trazendo tecnologia de fora e produzindo no Brasil, o CT-Vacinas está construindo um processo do início ao fim. "Estamos chamando de vacina de raiz”.


A coordenadora disse que a construção desse processo, o domínio dessas plataformas de tecnologia, são estratégicos, "e o Brasil não tem isso”. Ela lembra que todas as vacinas usadas em humanos no Brasil são de tecnologias importadas.

Publicidade


Ana Paulo disse que a equipe do CT-Vacinas já dominou as diferentes plataformas para produção de vacinas em vetores virais, mas que isso não significa, entretanto, que em uma única vacina serão usados todos esses vetores ou uma combinação deles. No momento, segundo a professora, mesmo a partir da produção da primeira vacina nacional, o indicativo é que serão necessárias duas doses para imunização da população. "Mas ela é uma vacina muito mais fácil de ser produzida, porque o sistema de produção dela não tem a complexidade, por exemplo, de uma Coronavac”, tratando-se de uma alternativa mais simples e mais viável.


Continuidade - Ana Paula acredita que ao longo dos próximos meses serão concluídos os estudos clínicos da fase 1 e 2, de imunogenicidade e segurança em humanos, prevendo para o segundo semestre de 2021 o início da fase 3, em humanos. A nova vacina deverá estar disponível em 2022.


A professora da UFMG disse que uma vacina desse tipo vai continuar sendo necessária no Brasil porque, "hoje, a cada dia que passa, a gente tem mais certeza de que vamos entrar possivelmente em uma sistemática de doses anuais para coronavírus, assim como é para Influenza”.


Segundo Ana Paula, o vírus vai continuar circulando e variantes vão surgir, o que demandará plataformas que contornem o problema do surgimento dessas variáveis do coronavírus.


A reitora da UFMG, Sandra Almeida, não tem dúvidas que a parceria com o MCTI e o governo mineiro "será fundamental não apenas para a continuidade do desenvolvimento do imunizante contra o coronavírus, mas também para as pesquisas com vacinas a longo prazo”.


"Necessitamos, mais do que nunca, de articulação entre as universidades e os órgãos públicos estaduais e federais para garantir investimento contínuo”.

Já o ministro Marcos Pontes disse que a vacina da UFMG, desenvolvida com tecnologia nacional, "é importantíssima para o estado [de Minas Gerais] e para o país e tem grande relevância para a ciência brasileira”.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo