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Confira a data

Pandemia transfere Bienal de São Paulo para 2021

Agência Brasil
01 jul 2020 às 16:06
- Divulgação/Bienal
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A organização da 34ª Bienal de São Paulo informou nesta quarta-feira (1º) a nova data da mostra, alterada em virtude da pandemia de Covid-19. Inicialmente prevista para começar em outubro próximo, a exposição deve ocorrer entre 4 de setembro e 5 de dezembro de 2021, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera. Com a mudança, o evento voltará a ser realizado em anos ímpares, tradição interrompida em 1994.

"Em março, adiamos a bienal de setembro para outubro. [Agora] achamos que não tínhamos outra alternativa, senão passar para o ano que vem. Primeiro, não temos segurança. Se fôssemos realizar em outubro, teríamos que começar a montagem agora e achamos que colocaríamos sob risco a saúde de montadores, colaboradores, equipes, curadores e artistas. Depois, há restrições de viagens, particularmente as internacionais, que prejudicam a nossa capacidade de trazer os artistas convidados para executar as obras, prejudicam a gente para trazer as obras emprestadas que tínhamos planejado para a exposição", disse o presidente da Fundação Bienal de São Paulo, José Olympio da Veiga Pereira.

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"Na nossa visão, não íamos conseguir realizar o objetivo da bienal, que é atingir um grande público nacional e global, mostrando a arte contemporânea", explicou, ressaltando que a Bienal de Veneza, a mais antiga do mundo, também optou por alterar o calendário, passando para 2021.

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O público pôde conferir algumas das atividades planejadas pela 34ª Bienal em fevereiro deste ano. Estavam marcadas a exposição individual da artista peruana Ximena Garrido-Lecca, que reconta a história do Peru e explora o impacto cultural dos padrões neocoloniais, e uma performance do sul-africano Neo Muyanga.

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PROGRAMAÇÃO INTERMEDIÁRIA


Durante a entrevista de hoje, os organizadores também anunciaram que estão preparando uma programação intermediária, que irá compreender ações educativas, digitais e de programação pública. Em junho, foi lançada uma publicação educativa do evento, a Primeiros Ensaios, que teve três mil visualizações.

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Complementando o pronunciamento do presidente da fundação, o curador-geral desta edição da bienal, Jacopo Crivelli Visconti, afirmou que o adiamento representa uma vantagem para se compreender o evento.


"Desde o começo, a gente pensou em uma exposição que fosse se formando ao longo do tempo e do espaço e na qual a curadoria propunha leituras específicas para cada obra e que deixava muito claro que são modificadas ou influenciadas pelo contexto onde acontecem", explicou.

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Neste edição da bienal foi firmada parceria com 25 instituições culturais paulistas para realização de mostras paralelas. Como a reordenação da agenda as afeta, Visconti ressaltou que as condições de manter as atividades serão analisadas caso a caso, levando em conta a possibilidade que cada uma das instituições tem de se restabelecer frente aos desafios da crise sanitária.


Ele destacou ainda que "temas que se entrelaçam" na edição, como a resistência, o trânsito de pessoas e o enclausuramento imposto aos artistas durante uma criação, agora ganham relevância com a pandemia. Para que tenham maior ênfase na mostra coletiva, a curadoria pretende utilizar objetos que produzam enunciados e chamem a atenção dos visitantes.

"Relacionado a esse primeiro ponto está o desejo de trabalhar a exposição como um ensaio aberto, onde o próprio processo de construção não é entendido como algo separado, que precisa ser expandido, mas algo que é compartilhado com o público. Ao mesmo tempo, a gente busca reafirmar o papel da bienal como uma instituição e um evento com uma força e uma liderança no contexto da cena artística de São Paulo e do Brasil. Então, busca-se um diálogo, não só numa coincidência de datas em que as instituições fazem suas exposições, junto com as da bienal, mas de concepção da 34ª edição", finalizou o curador.


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