O cantor Fagner criticou, durante a sua participação no Podcast do Garotinho - exibido no último dia 13 de novembro no YouTube -, o público que vai a shows para consumir músicas remixadas por DJs. O trecho viralizou nesta quarta-feira (20), após Alok - maior DJ brasileiro da atualidade - responder o veterano com um remix.
"Uma das coisas que mais me choca é você pegar um DJ botando 1 milhão de pessoas [em shows]. Isso, para mim, é um desequilíbrio ambiental. Caramba, isso é um desastre ambiental. O povo vai ver um DJ que canta meia música e fica fazendo aquelas cenas ridículas. Isso é uma queda da nossa [cultura]... O que é música brasileira, é música nordestina", disse Fagner.
Alok - que foi o brasileiro mais consumido no Spotify em 2023 - tratou de responder à altura, publicando uma música exclusiva com o remix da voz do entrevistador e trechos das falas de Fagner, tudo com as imagens de seus eventos lotados ilustrando o som. Em outro vídeo, ele ainda comentou:
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"Brincadeiras à parte, galera. Só para a gente dar risada e levar as coisas com mais leveza. Quero dizer que eu sou um grande admirador do Fagner e eu sei que ele é um artista que contribuiu demais para a expansão e valorização da cultura nordestina através [sic] da sua música", iniciou o DJ.
"E se eu posso estar fazendo os eventos que faço hoje no nordeste, é porque ele e outros trabalharam duro lá atrás e abriram as portas para mim e tantos outros artistas que vieram. O Fagner já lançou 36 álbuns e vendeu mais de 20 milhões de cópias. Ele é uma lenda viva. E tá tudo bem se ele acha isso. Ele é muito mais talentoso que eu musicalmente. Eu tenho outros talentos. Só tenho gratidão e admiração", concluiu.
Fagner não respondeu diretamente a Alok, mas, em seu Instagram, publicou o que pode ser considerada uma "indireta". "Eu sou o que sou, com o meu canto, os meus erros, acertos, com o meu legado: de um artista que jamais simulou gostar de algo que não gosta", escreveu.
Nos comentários, dezenas de internautas pediram ao veterano mais respeito com as novas maneiras de se fazer música e, consequentemente, os novos artistas.
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