Dylan Farrow, filha adotiva do cineasta Woody Allen, falou publicamente pela primeira vez sobre os abusos sexuais cometidos pelo pai, em uma entrevista concedida ao programa norte-americano "CBS This Morning", que foi ao ar hoje (18).
"Eu sou confiável e estou dizendo a verdade. Acho que é importante que as pessoas percebam que uma vítima, uma acusadora, importa. E que isso é suficiente para mudar as coisas", disse Dylan em um trecho da entrevista, gravada na segunda-feira (15), em sua casa em Connecticut, Estados Unidos. Em 2014, ela havia escrito uma carta aberta, publicada no blog do jornal norte-americano "The New York Times", relatando abusos que aconteceram quando tinha sete anos de idade, no sótão de sua casa, quando seu pai tocou seus lábios e sua vulva com o dedo.
Desde então, não havia mais comentado o assunto, e Allen sempre negou as acusações. O caso, porém, voltou à tona no fim do ano passado, com os escândalos envolvendo o cineasta Harvey Weinstein, acusado por dezenas de mulheres de assédio sexual. Em um editorial publicado em dezembro de 2017 no "Los Angeles Times", Dylan questionou o motivo de pouparem o seu pai em meio às outras denúncias.
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Dylan Farrow foi adotada por Woody Allen e Mia Farrow em 1992, quando tinha duas semanas de idade. "Eu quero mostrar meu rosto e contar minha história. Quero colocar para fora, literalmente", disse a jovem de 32 anos. "Eu amo meu pai e respeito ele. É meu herói. Mas isso, obviamente, não tira o que ele fez. Apenas faz com que a traição e a ferida sejam ainda mais intensas", criticou.
Além da polêmica com Dylan Farrow, Woody Allen, de 82 anos, se casou com sua outra filha atovida, Soon-Yi Previn, de 47 anos.