O Projeto Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual, do Festival
Internacional de Londrina (FILO), ganhou o Prêmio de Teatro Myriam Muniz – da Fundação Nacional de Arte -Funarte 2009.
Com a produção "Olhares Guardados", criação e direção de Paulo Braz, da Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL, o projeto foi contemplado com R$ 40 mil para montagem do espetáculo, de fevereiro a junho do ano que vem, colocando no palco os atores deficientes visuais: Flávio Cordeiro, João Durval, Marcos Santos, Sebastião Narciso e Tatiane Quadros.
A Funarte selecionou, nas cinco regiões brasileiras, 86 projetos, entre 2.053
inscritos, que vão receber entre R$ 40 mil e R$ 150 mil. Eles serão beneficiados com a verba suplementar de R$ 7 milhões que o Ministério da Cultura destinou à Fundação.
Leia mais:
Taís Araújo participa de debate em faculdade dos Estados Unidos
MC Kevinho é contratado para cantar em festa, mas chega após fim do evento
Grammy Latino anuncia Ludmilla, Nando Reis e Tiago Iorc entre indicados
Artistas se apresentam em evento contra movimentos de extrema-direita
Concorreram ao prêmio Myrian Muniz companhias, grupos, empresas, associações, cooperativas e, pela primeira vez, artistas independentes.
"Olhares Guardados" estreará no FILO 2010. A primeira reunião com os atores foi realizada no dia 13 de outubro, quando Paulo Braz anunciou aos atores a vitória do Projeto e os próximos passos para colocar o espetáculo em cena. A peça utilizará colagem de textos de Evgen Bavcar, Adauto Novais, Maurice Maeterlinck e de Sebastião Narciso, um dos atores do Projeto.
No palco Braz pretende que a montagem destaque o trabalho artístico do elenco não a deficiência. Ele - que integra a Comissão Organizadora do FILO – Festival Internacional de Londrina desde 1985, sendo ator, diretor teatral, cenógrafo e produtor cultural - sinaliza que toda arte passa pelos cinco sentidos – visão, audição, olfato, paladar e tato.
Logo, quando uma pessoa adquire uma deficiência os outros sentidos são mais
requisitados e automaticamente desenvolvidos permitindo que o deficiente encontre novos meios de entender, compreender e se desenvolver na sociedade buscando a inclusão social, cultural, artística e educacional", considera. Ele admite que através dessa ação "estamos buscando meios para que o cego desenvolva outras potencialidades".
O projeto premiado pela Funarte conta com apoio da Casa de Cultura da UEL, Espaço dasArtes do Festival Internacional de Londrina e Associação dos Amigos da Educação e Cultura do Norte do Paraná (AMEM).