A 19ª edição consecutiva da Oficina de Música de Curitiba foi aberta oficialmente no domingo à noite, com a Camerata Antíqua de Curitiba subindo ao palco do Guairão sob regência do maestro Roberto de Regina. A programação, que prossegue até o dia 27 de janeiro, se divide em duas fases: popular e erudita. A expectativa é de que cerca de 1.700 alunos de todo o Brasil e exterior participem dos cursos e recitais.
A etapa erudita, que começa nesta segunda, já tem confirmada a participação de alunos e professores de vários estados brasileiros, Argentina, Paraguai, Uruguai, Noruega, França, Suiça, Holanda, Inglaterra e Alemanha. Entre os principais destaques estão quatro professores da Orquestra Filarmônica de Berlim.
O pianista irlandês Patrick O"Byrne; o flautista francês Vwenael Bihan, especialista em música medieval; e a inglesa Michaela Comberti, mestre em interpretação e regência barroca, também são presenças confirmadas.
Leia mais:
Apresentação no aniversário de Londrina abre programação do Filo
Londrina é destacada como modelo de ecossistema referência no Brasil
Em Londrina, primeira edição do Fiil debate futuro da inovação
CCXP tem cenário da novela 'Vale Tudo' para o público fingir que é Odete Roitman
Ao todo serão 39 cursos de prática instrumental e vocal, conjunto e regência, estruturação musical e didática. A fase erudita compreende ainda o 9º Encontro de Música Antiga, o 17º Encontro de Professores de Piano, o 7º Encontro da Associação Brasileira dos Professores de Piano e o V Simpósio Latino-Americano de Musicologia.
A coordenadora desta etapa, Ingrid Seraphim, afirma que chegou a ficar assustada com a intensa procura pelos cursos neste ano. "Superamos facilmente os mil inscritos e esgotamos as vagas", comenta. Na edição do ano passado, cerca de 900 alunos frequentaram os cursos eruditos da oficina.
Criada em 1983 com a proposta de descobrir e formar novos talentos, a Oficina de Música de Curitiba reuniu apenas 200 alunos em sua primeira edição. Atualmente, a Oficina é o maior evento brasileiro voltado à formação, reciclagem e aperfeiçoamento de músicos.
Na opinião de Ingrid, os estudantes de música são atraídos para a Oficina porque é uma oportunidade única para que eles toquem em salas nobres e enfrentem platéias reais. Os concertos diários apresentam os resultados parciais das aulas.
Ao contrário de outros festivais realizados no Brasil, que são voltados para a exibição de músicos já consagrados, a oficina de Curitiba dedica-se espcialmente à formação de alunos.
A etapa popular da 19ª Oficina de Música, chamada de 9ª Oficina de Música Popular Brasileira, acontecerá de 18 a 27 de janeiro, sob coordenação de Roberto Gnatalli. Serão 21 cursos de prática instrumental, vocal e de conjunto, estruturação musical e pesquisa, didática e atividade infanto-juvenil. Haverá ainda o ciclo de palestras "Panorama da MPB no Século XX".
Nesta fase, a grande novidade será o "Encontro Nacional de MPB Vocal", com 15 cursos orientados por especialistas em canto oral. O resultado final destas atividades deverá ser a montagem do espetáculo "Gota D"Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes.
A sede da oficina é o Colégio Estadual do Paraná e o orçamento geral do evento é de R$ 460 mil, sendo 200 mil viabilizados pela Prefeitura Municipal de Curitiba, R$ 250 mil patrocinados pela Copel através da Lei Rouanet, e R$ 10 mil concedidos pela montadora Brose do Brasil.