O Festival Internacional de Londrina sedia de hoje a domingo o Encontro Anual e a Assembléia Geral da Rede Cultural do Mercosul, cujas atividades estarão concentradas nos auditórios da Associação Comercial e Industrial (Acil) e do Crystal Palace Hotel.
A primeiro etapa acontece nesta sexta-feira, na Casa da Cultura, com o lançamento do Festival das Três Fronteiras que, em agosto, irá reunir artistas brasileiros, argentinos e paraguaios, além de representantes do Uruguai o país participa como convidado especial.
O Festival, a ser realizado em Puerto Iguazu, na Argentina, deverá reunir cerca de 200 pessoas.
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O objetivo é dos mais nobres: fortalecer o intercâmbio cultural entre Brasil, Argentina, Paraguai e outros países latino-americanos.
O teatro será o grande destaque do evento, embora haja espaço reservado à música dentro da programação.
''Vamos transformar as fronteiras num portal de integração. Se o Mercosul é um acordo comercial, entendemos que a integração entre os povos só pode ser feita através da Cultura'', analisa Nitis Jacon, que faz parte da comissão organizadora do evento e estará em Puerto Iguazu também na condição de presidente da Centro Cultural Teatro Guaíra.
A iniciativa de promover o Festival das Três Fronteiras foi do Instituto Nacional de Teatro da Argentina, que ficará responsável por toda a infra-estrutura.
Se o lançamento no Brasil acontece nesta sexta-feira, no início de junho será a vez do Paraguai promover a divulgação durante o encontro de ministros da Cultura do Mercosul, em Assunção. A
inda não está definida a data do lançamento na Argentina, mas isso deve ocorrer na sequência.
Do Festival devem participar seis atrações e grupos paraguaios, cinco argentinos e um do Uruguai.
Do Brasil, Nitis Jacon pretende levar o Centro Teatral e Etc e Tal (Rio de Janeiro), o G2 do Balé do Teatro Guaíra (com 12 bailarinos), Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais (Porto Alegre), Emanuel Marinho (Dourados, MS), Banda Municipal e Coral Indígena (ambos de Foz do Iguaçu) e Coral da Itaipu Binacional (lado brasileiro).
Para que pudesse levar as atrações, Nitis conta com o apoio do Ministério da Cultura, Itaipu Binacional, Governo do Mato Grosso do Sul (que viabilizou a ida de Emanuel Marinho) e Governo do Paraná.
Além dos eventos, a programação irá contemplar atividades paralelas como Fórum de Discussão (incluído uma reunião restrita entre os organizadores e autoridades alfandegárias), painel sobre dramaturgia e legislação cultural (comparação do que é praticado entre os países participantes do evento).
O Festival terá extensão em Foz do Iguaçu e Paraguai.
''Precisamos desfazer o conceito negativo (violência, contravenção, etc) das fronteiras e dar um sentido positivo para que os povos possam melhor se entender'', analisa Nitis Jacon.