A produtora mineira Motor Music, com o apoio da gravadora Trama e do Sesc São Paulo, traz pela primeira vez ao país o grupo norte-americano Luna. A banda, que está em turnê pela América do Sul, faz única apresentação em Curitiba hoje, no Era Só O Que Faltava e amanhã, em Londrina, na Z3 (antiga Kawale). A banda chegou ao Brasil na semana passada e já se apresentou em São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e São Carlos. Depois dos shows no Paraná, seguem para Montevidéu e Buenos Aires.
O grupo é formado por Dean Wareham (voz e guitarra), Sean Eden (guitarra), Lee Wall (bateria) e Britta Phillips (baixo). O guitarrista e compositor Dean Wareham, figura central do Luna, é um dos ícones do rock alternativo. Neozelandês radicado nos Estados Unidos, Dean esteve à frente de um dos mais importantes grupos do cenário independente norte-americano: o Galaxie 500.
A história do Luna teve início em 1991, em Nova York. Com o fim do Galaxie 500, Dean Wareham reuniu o baixista Justin Harewood e o baterista Byron para criar a banda. Byron logo foi substituído pelo lendário Stanley Demeski (bateria), ex-baterista do Feelies e, com essa formação, o Luna lançou seu primeiro álbum. "Lunapark" saiu em 1992, através da gravadora Elektra. O disco, produzido por Fred Maher, foi bastante elogiado pela crítica, que chegou a comparar a banda ao mítico grupo Velvet Underground.
Em 1994, foi a vez de "Bewitched" chegar às lojas, marcando a entrada do guitarrista Sean Eden (guitarra). O álbum também contou com a presença do ex-guitarrista do Velvet Underground, Sterling Morrison, que tocou nas faixas "Friendly Advice" e "Great Jones Street".
Mas foi no terceiro disco que o Luna se consolidou. "Penthouse" (1995, Elektra) recentemente entrou na lista dos 150 melhores álbuns dos anos 90, elaborada pela revista Rolling Stone. Neste disco, há um dueto com Laetitia Sadier, do Stereolab e uma cover da música de Serge Gainsbourg, "Bonnie and Clyde". "Penthouse" também contou com a participação do guitarrista Tom Verlaine, do Television, em algumas faixas.
Em 1996, o baterista Stanley Demeski deu lugar a Lee Wall. Depois de um tempo longe da mídia, o Luna reapareceu, em 1997, com o álbum Pup Tent. O quarto trabalho da banda aponta em direção à modernização, com belas melodias e letras de primeira.
"The Days of Our Nights" (1999) é o quinto álbum do grupo e foi lançado no Brasil pela gravadora Trama. A edição nacional traz duas faixas bônus: "The Bad Vibe Merchant" e "Neon Lights", um clássico do Kraftwerk. Outra particularidade do álbum é a inusitada versão para "Sweet Child O’Mine", hit do Guns’N Roses. O baixista Justin Harwood saiu da banda em 2000, dando lugar a Britta Phillips. Em 2001, o grupo lançou o álbum "Luna Live!" no mercado norte-americano, com gravações ao vivo registradas durante uma turnê realizada entre dezembro de 99 e julho de 2000. "Luna Live!" também foi lançado no Brasil pela Trama.
A seguir a entrevista que o guitarrista e compositor Dean Wareham concedeu com exclusividade à Folha2, por telefone.
Qual a diferença entre o Luna e sua antiga banda, o Galaxie 500?
Fazemos uma música diferente do Galaxie. Somos diferentes músicos que buscam outras texturas com mais velocidade e paixão.
Como vem sendo a aceitação da banda no mercado americano?
Estamos crescendo. Hoje estamos tocando para audiências com no mínimo mil pessoas.
A platéia de vocês é a mesma no Brasil?
Nos Estados Unidos fazemos shows para pessoas com a idade mínima de 21 anos. Nosso público lá é em redor dos 30. Aqui no Brasil vem sendo diferente. Constatamos que temos uma audiência mais nova.
O Luna é praticamente desconhecido em Curitiba. O que você espera dos curitibanos?
Curitiba também é desconhecida do Luna. Mas eu não sei. Espero que seja uma platéia receptiva à nossa música.
Fale do álbum Live, recentemente lançado no Brasil pela Trama.
É muito bom. Foi gravado em Nova York e Washington e retrata fielmente a performance da banda ao vivo. Em fevereiro do próximo ano vamos lançar um outro trabalho.
O Luna vem tocando em vários países, inclusive no Japão...
Nós estivemos três vezes no Japão. O lugar é maravilhoso para se tocar. O cachê é mais alto e eles são bem organizados. Tudo funciona bem.
Você estava em Nova York quando aconteceu o atentado terrorrista ao World Trade Center?
Sim. Foi inacreditável. Você cresce na cidade e vê a paisagem mudar em algumas horas. Eu nunca vi coisa igual. Aliás o país vivenciou a primeira grande tragédia depois da Guerra da Sucessão, no século passado.
Você é favorável a alguma retaliação dos Estados Unidos?
Não! Sou favorável a prender e julgar os responsáveis pelo atentado. Não sou nem favorável à manutenção das bases que temos na Arábia Saudita.
Show do Luna, em Curitiba, no Era só o que Faltava (Av República Argentina, 1334. às 23 horas, com abertura da banda carioca Pelv's Ingressos: R$ 15,00 (antecipados) e R$ 20, 00 (na portaria). Mais informações: (41) 342.0826.
Em Londrina, show no Z3 (antiga Kawale – Rua Maringá, 73),a partir das 22 horas, com abertura das bandas Grenade (de Londrina) e Pelv's (do Rio de Janeiro). Ingressos: R$ 12,00 (antecipados, no Pátio San Miguel) e R$ 15,00 (na horas). Mais informações pelo telefone (43) 9101.9438
O grupo é formado por Dean Wareham (voz e guitarra), Sean Eden (guitarra), Lee Wall (bateria) e Britta Phillips (baixo). O guitarrista e compositor Dean Wareham, figura central do Luna, é um dos ícones do rock alternativo. Neozelandês radicado nos Estados Unidos, Dean esteve à frente de um dos mais importantes grupos do cenário independente norte-americano: o Galaxie 500.
A história do Luna teve início em 1991, em Nova York. Com o fim do Galaxie 500, Dean Wareham reuniu o baixista Justin Harewood e o baterista Byron para criar a banda. Byron logo foi substituído pelo lendário Stanley Demeski (bateria), ex-baterista do Feelies e, com essa formação, o Luna lançou seu primeiro álbum. "Lunapark" saiu em 1992, através da gravadora Elektra. O disco, produzido por Fred Maher, foi bastante elogiado pela crítica, que chegou a comparar a banda ao mítico grupo Velvet Underground.
Em 1994, foi a vez de "Bewitched" chegar às lojas, marcando a entrada do guitarrista Sean Eden (guitarra). O álbum também contou com a presença do ex-guitarrista do Velvet Underground, Sterling Morrison, que tocou nas faixas "Friendly Advice" e "Great Jones Street".
Mas foi no terceiro disco que o Luna se consolidou. "Penthouse" (1995, Elektra) recentemente entrou na lista dos 150 melhores álbuns dos anos 90, elaborada pela revista Rolling Stone. Neste disco, há um dueto com Laetitia Sadier, do Stereolab e uma cover da música de Serge Gainsbourg, "Bonnie and Clyde". "Penthouse" também contou com a participação do guitarrista Tom Verlaine, do Television, em algumas faixas.
Em 1996, o baterista Stanley Demeski deu lugar a Lee Wall. Depois de um tempo longe da mídia, o Luna reapareceu, em 1997, com o álbum Pup Tent. O quarto trabalho da banda aponta em direção à modernização, com belas melodias e letras de primeira.
"The Days of Our Nights" (1999) é o quinto álbum do grupo e foi lançado no Brasil pela gravadora Trama. A edição nacional traz duas faixas bônus: "The Bad Vibe Merchant" e "Neon Lights", um clássico do Kraftwerk. Outra particularidade do álbum é a inusitada versão para "Sweet Child O’Mine", hit do Guns’N Roses. O baixista Justin Harwood saiu da banda em 2000, dando lugar a Britta Phillips. Em 2001, o grupo lançou o álbum "Luna Live!" no mercado norte-americano, com gravações ao vivo registradas durante uma turnê realizada entre dezembro de 99 e julho de 2000. "Luna Live!" também foi lançado no Brasil pela Trama.
A seguir a entrevista que o guitarrista e compositor Dean Wareham concedeu com exclusividade à Folha2, por telefone.
Qual a diferença entre o Luna e sua antiga banda, o Galaxie 500?
Fazemos uma música diferente do Galaxie. Somos diferentes músicos que buscam outras texturas com mais velocidade e paixão.
Como vem sendo a aceitação da banda no mercado americano?
Estamos crescendo. Hoje estamos tocando para audiências com no mínimo mil pessoas.
A platéia de vocês é a mesma no Brasil?
Nos Estados Unidos fazemos shows para pessoas com a idade mínima de 21 anos. Nosso público lá é em redor dos 30. Aqui no Brasil vem sendo diferente. Constatamos que temos uma audiência mais nova.
O Luna é praticamente desconhecido em Curitiba. O que você espera dos curitibanos?
Curitiba também é desconhecida do Luna. Mas eu não sei. Espero que seja uma platéia receptiva à nossa música.
Fale do álbum Live, recentemente lançado no Brasil pela Trama.
É muito bom. Foi gravado em Nova York e Washington e retrata fielmente a performance da banda ao vivo. Em fevereiro do próximo ano vamos lançar um outro trabalho.
O Luna vem tocando em vários países, inclusive no Japão...
Nós estivemos três vezes no Japão. O lugar é maravilhoso para se tocar. O cachê é mais alto e eles são bem organizados. Tudo funciona bem.
Você estava em Nova York quando aconteceu o atentado terrorrista ao World Trade Center?
Sim. Foi inacreditável. Você cresce na cidade e vê a paisagem mudar em algumas horas. Eu nunca vi coisa igual. Aliás o país vivenciou a primeira grande tragédia depois da Guerra da Sucessão, no século passado.
Você é favorável a alguma retaliação dos Estados Unidos?
Não! Sou favorável a prender e julgar os responsáveis pelo atentado. Não sou nem favorável à manutenção das bases que temos na Arábia Saudita.
Show do Luna, em Curitiba, no Era só o que Faltava (Av República Argentina, 1334. às 23 horas, com abertura da banda carioca Pelv's Ingressos: R$ 15,00 (antecipados) e R$ 20, 00 (na portaria). Mais informações: (41) 342.0826.
Em Londrina, show no Z3 (antiga Kawale – Rua Maringá, 73),a partir das 22 horas, com abertura das bandas Grenade (de Londrina) e Pelv's (do Rio de Janeiro). Ingressos: R$ 12,00 (antecipados, no Pátio San Miguel) e R$ 15,00 (na horas). Mais informações pelo telefone (43) 9101.9438