Palcos, bastidores, platéias nacionais e do exterior, sempre envolvidos pelo embalo musical, ocupam praticamente a totalidade das páginas de "Noites Tropicais – Solos, improvisos e memórias musicais", de Nelson Motta. Um dos livros mais vendidos no ano passado, inclusive com lançamento em Curitiba, volta a ser atração na cidade, desta vez dentro da programação do Circuito Cultural Banco do Brasil. Hoje, às 18h30, no Teatro Londrina (Memorial de Curitiba), Nelson Motta participa de uma roda de leitura, lendo e comentando trechos da obra.
A produção do Circuito Cultural pretende homenagear a poeta Helena Kolody, mas é pouco provável que ela compareça, devido a motivos de saúde. Correram também comentários paralelos de que o cantor Pedro Mariano estaria na platéia para assistir à sessão, devido às afinidades com o jornalista.
O que se sabe, realmente, é que até ontem ele se encontrava nos Estados Unidos, mais precisamente em Los Angeles. Mas deverá estar amanhã na cidade – com toda certeza – para autografar seu disco na Livrarias Curitiba e cantar no Callas Dance Hall & Lounge.
O encontro informal de Nelson Motta com o público naturalmente vai enveredar por histórias paralelas que não constam do registro de suas memórias. Será também uma oportunidade para quem leu o livro e tropeçou em erros de nomes e datas que Motta cometeu.
Entre eles, o comentário de que Roberto Carlos estourou de vez para o sucesso em 1967. A essas alturas o cantor já era dono do trono havia pelo menos dois anos. Outro erro crasso foi quanto à autoria da novela ‘O Direito de Nascer’, que ele creditou à cubana Glória Magadan. O folhetim é de outro cubano, Felix Caignet, fez estrondoso sucesso em versão radiofônica nos anos 50, com Paulo Gracindo no papel de Albertinho Limonta.
Cerca de uma década após, viria a se tornar febre nacional na TV Tupi, em São Paulo, sendo que o último capítulo, ao vivo, foi transmitido do ginásio do Parque do Ibirapuera.
Agitador cultural, jornalista, escritor e compositor Nelson Motta anunciou recentemente seu desejo de resgatar o charme dos antigos festivais de música. Nem de longe teria cores e formas do último festival promovido pela Rede Globo. O acontecimento foi tão desastroso quanto o tamanho da empresa dos Marinho.
O evento que está em fase de gestação deverá movimentar os meios musicais em abril de 2002. Vai se chamar "Noites Tropicais" – obviamente inspirado no livro – e terá como atrações artistas nacionais e internacionais. Segundo planos de Motta o que acontecerá na segunda quinzena de abril será uma grande mostra de música popular, com a revelação de novos talentos.
Pelo que imagina o produtor as luzes recairiam sobre dois desses talentos emergentes em cada uma das quatro noites do evento. Ao mesmo tempo haveriam jam sessions, tendo no palco com grandes artistas. Sintonizado aos novos tempos o festival contaria com a presença de DJs consagrados. Shows intimistas, palestras, debates, feira de CDs e livros, até um festival de curta metragem e prêmio literário de música viriam a se somar nessa festa que não terá caráter competitivo.
"Acho esse negócio de júri ridículo. No festival da Globo, por exemplo, as canções deveriam ser escolhidas por votos pela Internet e pelo 0800", comentou. O resultado foi pífio, "ficou tudo muito acadêmico, com cara de concurso público". "Assisti à primeira eliminatória e à final. Um horror", fulminou.
O descobridor de valores, como Marisa Monte, aspira novos ares para esse projeto, abrindo-se para debates, palestras, filmes longas e curtas que versem sobre música. "Há filmes muito interessantes sobre Mário Reis, Noel Rosa. Quero ver se resgato cenas do 'Ritmo Alucinante'", explicou.
A fita é um documentário sobre o primeiro Hollywood Rock, de 1975, e conta com participações de Raul Seixas, Rita Lee, Erasmo Carlos e Celly Campelo, a primeira artista da juventude roqueira brasileira.
O título do livro pelo jeito vai gerar outras histórias. Talvez até batize um novo programa de televisão, obviamente musical. Motta não quer falar sobre isso, mas deixa uma dica no ar: "Posso dizer que será diferente de tudo que é visto por aí".
A produção do Circuito Cultural pretende homenagear a poeta Helena Kolody, mas é pouco provável que ela compareça, devido a motivos de saúde. Correram também comentários paralelos de que o cantor Pedro Mariano estaria na platéia para assistir à sessão, devido às afinidades com o jornalista.
O que se sabe, realmente, é que até ontem ele se encontrava nos Estados Unidos, mais precisamente em Los Angeles. Mas deverá estar amanhã na cidade – com toda certeza – para autografar seu disco na Livrarias Curitiba e cantar no Callas Dance Hall & Lounge.
O encontro informal de Nelson Motta com o público naturalmente vai enveredar por histórias paralelas que não constam do registro de suas memórias. Será também uma oportunidade para quem leu o livro e tropeçou em erros de nomes e datas que Motta cometeu.
Entre eles, o comentário de que Roberto Carlos estourou de vez para o sucesso em 1967. A essas alturas o cantor já era dono do trono havia pelo menos dois anos. Outro erro crasso foi quanto à autoria da novela ‘O Direito de Nascer’, que ele creditou à cubana Glória Magadan. O folhetim é de outro cubano, Felix Caignet, fez estrondoso sucesso em versão radiofônica nos anos 50, com Paulo Gracindo no papel de Albertinho Limonta.
Cerca de uma década após, viria a se tornar febre nacional na TV Tupi, em São Paulo, sendo que o último capítulo, ao vivo, foi transmitido do ginásio do Parque do Ibirapuera.
Agitador cultural, jornalista, escritor e compositor Nelson Motta anunciou recentemente seu desejo de resgatar o charme dos antigos festivais de música. Nem de longe teria cores e formas do último festival promovido pela Rede Globo. O acontecimento foi tão desastroso quanto o tamanho da empresa dos Marinho.
O evento que está em fase de gestação deverá movimentar os meios musicais em abril de 2002. Vai se chamar "Noites Tropicais" – obviamente inspirado no livro – e terá como atrações artistas nacionais e internacionais. Segundo planos de Motta o que acontecerá na segunda quinzena de abril será uma grande mostra de música popular, com a revelação de novos talentos.
Pelo que imagina o produtor as luzes recairiam sobre dois desses talentos emergentes em cada uma das quatro noites do evento. Ao mesmo tempo haveriam jam sessions, tendo no palco com grandes artistas. Sintonizado aos novos tempos o festival contaria com a presença de DJs consagrados. Shows intimistas, palestras, debates, feira de CDs e livros, até um festival de curta metragem e prêmio literário de música viriam a se somar nessa festa que não terá caráter competitivo.
"Acho esse negócio de júri ridículo. No festival da Globo, por exemplo, as canções deveriam ser escolhidas por votos pela Internet e pelo 0800", comentou. O resultado foi pífio, "ficou tudo muito acadêmico, com cara de concurso público". "Assisti à primeira eliminatória e à final. Um horror", fulminou.
O descobridor de valores, como Marisa Monte, aspira novos ares para esse projeto, abrindo-se para debates, palestras, filmes longas e curtas que versem sobre música. "Há filmes muito interessantes sobre Mário Reis, Noel Rosa. Quero ver se resgato cenas do 'Ritmo Alucinante'", explicou.
A fita é um documentário sobre o primeiro Hollywood Rock, de 1975, e conta com participações de Raul Seixas, Rita Lee, Erasmo Carlos e Celly Campelo, a primeira artista da juventude roqueira brasileira.
O título do livro pelo jeito vai gerar outras histórias. Talvez até batize um novo programa de televisão, obviamente musical. Motta não quer falar sobre isso, mas deixa uma dica no ar: "Posso dizer que será diferente de tudo que é visto por aí".