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No forró com Dominguinhos

Elisa Marilia Carneiro - Folha do Paraná
10 ago 2001 às 08:53

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O compositor de "Eu só quero um xodó" (com Anastácia), "Quem me levará sou eu" e muitas outras canções, o sanfoneiro, considerado um dos melhores do mundo, Dominguinhos faz show hoje no Forró Calamengau no Clube Vasco da Gama a partir das 22h30, quando lança o seu CD mais recente "Lembrando de você".
Em entrevista por telefone para a Folha, Dominguinhos diz que o forró está conquistando um espaço também no Sul do País e que prepara para nós um show com muito xote, arrasta-pé, baião e forró. "A moçada gosta de dançar também e não dá para ficar amaciando muito."
Para ele, o crescente interesse pela música genuína brasileira é uma prova de amadurecimento do povo que valoriza suas raízes, a sua gente, a sua brasilidade. "O brasileiro tem dado mais atenção para a sua cultura. Tem uma moçada muito boa fazendo samba, pagode e outras coisas boas", reconhece.
Dono de uma técnica apurada e de uma sensibilidade musical como poucos, herdadas do padrinho Luiz Gonzaga, Dominguinhos percorre, com sua sanfona, caminhos que vão do clássico jazz à música regional nordestina, firmando-se entre os seus melhores intérpretes e compositores.
Fez parcerias inesquecíveis com Gilberto Gil, Chico Buarque de Holanda, Climério, Clodô, Fausto Nilo, Nando Cordel, Clécio, Abel Silva, Djavan, e com Anastácia, sua ex-mulher e uma das mais importantes parceiras e inspiradoras, com quem compôs "Eu só quero um xodó" e "Tenho sede".
Mas quem não se lembra de "De volta pro meu aconchego", "Gostoso de mais", "Lamento sertanejo", "Tantas palavras". "Isso aqui tá bom de mais", "Nas costas do Brasil" e "Abri a porta"?
Pernambucano de Garanhuns, Dominguinhos toca sanfona e compõe desde os oito anos de idade. Aos nove anos, formou com o irmão o seu primeiro conjunto de forró que se chamou "Os Pinguins" que, segundo ele, "com um nome desses não podia mesmo dar certo, onde já se viu pinguim se criar em uma terra quente igual a nordestina?" Mas isso lhe valeu a sorte grande de conhecer Luiz Gonzaga, que maravilhado com a perícia daquele menino no manuseio dos instrumentos, procurou os pais dele e formalizou um convite para que fossem ao Rio de Janeiro.
Em 1954, Dominguinhos foi bater à porta do "Rei do baião" e ganhou uma sanfona. Aos 15 anos já trabalhava com o "Seu Lua" e entre eles nasceu uma forte amizade e cumplicidade musical que durou até a morte do "Mestre Gonzaga".
Como amigo, Dominguinhos assumiu um compromisso com a música popular regional brasileira, em especial com a música nordestina e com a sanfona. O compositor já levou suas composições para palcos importantes de muitos países da Europa, Ásia e das Américas. Viajou várias vezes com Gilberto Gil, Caetano, Gal Costa e Toquinho, entre outros. Hoje sua legião de seguidores tem nomes como os de Oswaldinho do Acordeon, Waldonis, Marcos Freitas, Geraro e outros sanfoneiros.
Serviço: Show de Dominguinhos, hoje, às 22 h30, na Sociedade Vasco da Gama (Rua Roberto Barrozo, 1190, telefone: 338-7766). Após o show haverá forró com a banda Forró Calamengau. Ingressos a R$ 15,00 e R$ 12,00 (estudantes e portadores da carteirinha Calamengau).
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