Um pai e marido que reaparece, como um transexual, depois de ter sumido ao ir comprar cigarros e ficar dez anos longe da família. Este é o delicado tema abordado na peça "Tango, bolero e cha cha cha" que estréia hoje e amanhã às 21 horas no Teatro Guaíra.
Com direção de Bibi Ferreira a peça é uma comédia elegante que trata o problema da transexualidade de forma afetiva. "Acho que até contribui contra o preconceito. As pessoas passam a entender melhor os mecanismos psicológicos de um transexual", analisa Edwin Luisi, que interpreta a hilária "Lana Lee".
De salto alto nº 10 e sem plataforma, Edwin Luisi conta que precisou resgatar o atleta da juventude, quando fazia ginástica olímpica (chegou a ser campeão brasileiro), para equilibrar-se num transexual sem medo do ridículo.
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Imprimindo um ritmo alucinante ao personagem Lana Lee, o ator diz ter feito um trabalho corporal exautivo. "Eram três horas diárias de aeróbica, musculação e abdominais, que me exauriram. Ao mesmo tempo que fui buscar soluções para a transformação em si, como a melhor cola para cílios e unhas postiças, enchimentos, meias para que não precisasse depilar as pernas, espartilhos e calçolas". enumera.
O resultado é uma comédia sobre um assunto tão sério que leva à reflexão. No elenco estão também Paulo César Grande, Maria Helena Dias, Ivone Hoffmann e Miguel Thiré.
Serviço: Peça "Tango, bolero e cha cha cha", hoje e amanhã, às 21 horas, no Teatro Guaíra. Ingressos a R$ 20,00 (para compra antecipada) e R$ 25,00 no dia; sábado, a R$ 25,00 (preço único). Informações: 322-2628 ou 200-1993.