A maior bronca dos fãs da HQ contra o filme ‘Homem-Aranha’ é a maneira como Peter Parker solta sua teia. Nas histórias em quadrinhos, ele cria o próprio líquido da teia em um laboratório e abastece seus reservatórios mecânicos. Não era incomum que o Homem-Aranha ficasse sem líquido e perdesse um de seus super-poderes. No filme, soltar as teias é um qualidade natural do personagem.
Para muitos fãs, o filme roubou de Parker sua ingenuidade ‘nerd’ e suas habilidades de cientista, que não tinham nada a ver com a picada da aranha. A outra diferença básica da HQ para o filme é exatamente esta: em vez de uma aranha radioativa, Parker é picado por uma super-aranha ‘experimental’, que combina os poderes de várias espécies.
Ambas as idéias foram do diretor James Cameron, que escreveu um roteiro para o filme muito tempo atrás. Raimi resolveu aproveitá-las na história do roteirista David Koepp. ‘Se o Homem-Aranha tem quatro super-poderes dados pela aranha, por que o quinto tem de ser feito por ele mesmo?’, pergunta o diretor.