Quando percebeu que o sambista Candeia gostava de jazz, o jovem Guinga ficou pensativo. Ambos eram amigos, e o violonista ia até a casa do compositor ouvir nomes como Dave Brubeck. Na atitude informal do sambista, um recado inconsciente ficava claro: arte não tem fronteiras. A quebra de preconceitos tornou Guinga um compositor obcecado pela melodia, que não teme cruzar linguagens para burilar o resultado desejado. Aclamado como músico, Guinga sobe nesta terça-feira, às 20h30, ao palco do Cine-teatro Ouro Verde, para mostrar por que foi gravado por nomes como Turíbio Santos, Chico Buarque e Elis Regina. O espetáculo faz parte da programação do Festival de Música da cidade.
O show não se restringe ao repertório de "Cine Baronesa", seu último disco. "Vou mostrar a minha arte", frisa. Intuitivo, o violonista não gosta de se planejar. Enxerga o reconhecimento como extensão do próprio trabalho, uma conseqüência das horas de estudo e aprimoramento técnico. Melodista convicto, ressalta: "Não há grande música com melodia ruim".
Na quarta-feira Guinga ministra uma palestra na Associação Médica de Londrina (Praça 1º de Maio, 130), a partir das 9 horas. Pretende falar sobre o violão, mas ainda não sabe exatamente o quê, optando pelo improviso.
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* Leia a entrevista completa com o compositor na reportagem de Ranulfo Pedreiro na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira