Um dia depois de a diretoria afastar Cristian apontando uma suposta falta de comprometimento do jogador, na manhã desta quinta-feira o volante se pronunciou por meio de uma nota oficial e se defendeu. "Não tenho nenhum atraso no clube e cumpro com todas as minhas obrigações", disse.
"Infelizmente, não estou sendo aproveitado por opção, mas sempre respeitei as decisões da comissão técnica. O que me chateou, e deixei isso bem claro, foi não ter sido avisado antes que não seria aproveitado. Assim, teria tempo para procurar outro clube ou uma melhor situação para as duas partes. Com os campeonatos em andamento, ficou mais difícil", reclamou Cristian.
O volante relata que se reuniu na quarta-feira com o diretor de futebol Alessandro e o gerente de futebol Flávio Adauto e que "em nenhum momento" foi questionada sua "situação física, técnica ou o meu comprometimento com o trabalho". "Se fosse por esses motivos, não precisaria de todo esse tempo para uma definição como a tomada", argumentou.
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No fim da tarde de quarta, em entrevista coletiva, Alessandro alegou que Cristian deveria ter tentado recuperar seu espaço na equipe pelo desempenho em campo e não reclamando das decisões da diretoria e da comissão técnica. Embora tenha dito que as entrevistas de Cristian não causaram seu afastamento, porém, Flávio Adauto deixou claro a irritação com as críticas públicas do volante. "Ele não deveria estar preocupado com coisas fora do jogo. Ele tinha que se preocupar em treinar, ser eficiente e cumprir com suas obrigações", protestou.
Nesta quinta-feira, Cristian disse que foi informado pelos dirigentes de que seria afastado por conta da entrevista que concedeu ao jornal Lance!. "Segundo eles, por dois motivos: ter revelado a história ocorrida nos EUA, quando minha aliança sumiu no quarto que eu estava hospedado, e por ter respondido a uma pergunta sobre dirigentes do Fenerbahcce terem ido ao CT Joaquim Grava."
Nessa entrevista ao Lance!, Cristian reclamou que, durante a Florida Cup, sua aliança foi furtada de cima de um móvel do quarto do hotel. Até a polícia norte-americana foi acionada, mas a diretoria do clube, segundo ele, não o ajudou. "Reafirmo que não tive respaldo algum dos dois dirigentes. Nada foi resolvido, tanto que, se tivesse sido, teria minha aliança de volta ou algum esclarecimento perante a situação. Não vejo como um fato corriqueiro, tanto que o assunto foi parar na polícia do país, sem solução", reforçou Cristian na nota divulgada nesta quinta. Um dia antes, Flávio Adauto tratou o caso como: "fatos corriqueiros ocorridos há três meses e solucionados".
Outro ponto de atrito entre Cristian e a diretoria foi que, na matéria publicada pelo Lance!, consta o relato de que ele teria sido acionado para "entreter" os dirigentes do Fenerbahce que estavam no CT do Corinthians para tentar comprar Rodriguinho e estavam levando um chá de cadeira. A diretoria não gostou de o fato ter sido vazado, mas o volante garante que não tem nada a ver com a publicação. "Não cabe a mim entender ou procurar os motivos do vazamento da notícia", alega Cristian.
Ele encerra a nota garantindo reafirmando sua paixão pelo clube. "Queria deixar claro que a minha admiração pela entidade Corinthians será eterna, independentemente do que aconteça. Reconheço que, por conta das lesões, minha segunda passagem não foi como eu esperava. Porém, sempre trabalhei procurando conquistar o meu espaço e assim sempre será. Eu confio no meu futebol e continuarei me dedicando para jogar em alto nível."