Carlos Miguel Aidar, candidato da situação no pleito presidencial do São Paulo, foi rebatido por Andrés Sanchez na noite deste domingo. O ex-presidente do Corinthians, responsável do clube pela arena em Itaquera, demonstrou indignação com as declarações do são-paulino.
- O Aidar é um preconceituoso. É uma vergonha falar o que ele falou, querendo fazer um apartheid. Ele ofendeu a Zona Leste como um todo e o Corinthians. É um absurdo, um cara que ganha cheque de tudo o que é lugar, que foi presidente da OAB... Foi um irresponsável. Há muitos preconceituosos no Brasil, mas declarados, como ele, é difícil encontrar. Ele é racista - afirmou Andrés Sanchez, em entrevista à TV Gazeta.
A declaração do ex-presidente do Timão foi em resposta às ironias e acusações de Aidar na última semana, que falou em um "estádio cheio de problemas", garantiu que o Corinthians "não era dono da arena porque não teria como pagar" e ainda se referiu à Itaquera como "um outro mundo, um outro país".
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Na sequência, a metralhadora de Andrés Sanchez ainda colocou em xeque o fato de o escritório de advocacia do candidato à presidência do São Paulo prestar serviços à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). E ainda ironizou a disputa eleitor com o oposicionista Kalil Rocha Abdalla. - Como corintiano, estou torcendo para que ele (Aidar) ganhe - ironizou.
O ex-presidente alvinegro ainda falou como será a engenharia financeira para a quitação da Arena Corinthians, que deve custar aos cofres do clube cerca de R$ 1 bilhão. - Pelo amor de Deus, a coisa foi muito bem feita. Podemos pagar a arena em sei ou sete anos se quisermos – temos receita para isso –, mas existe um prazo de 12 anos. Quem comanda o estádio é o Corinthians. A diferença é que o dinheiro arrecadado vai para o fundo. Por exemplo: sobrando R$ 100, R$ 50 são para amortizar a dívida e R$ 50 ficam com o clube. Isso é para esses babacas pararem de falar que o estádio não é do Corinthians - rebateu.
Sanchez, que irá falar aos conselheiros do clube na noite desta segunda-feira, afirmou ter como meta a arrecadação entre R$ 5 milhões e R$ 8 milhões por jogo com a venda de ingressos e outras receitas do estádio. - A variação (do preço de ingresso) é de R$ 30 a R$ 1.500. O que vai mudar é o serviço oferecido - afirmou o ex-presidente, que ainda falou em R$ 30 nas arquibancadas móveis e R$ 40 nos setores atrás do gol, que serão destinados às organizadas.