O técnico Jorge Sampaoli afirmou nesta sexta-feira que seguirá no comando da seleção chilena, apesar da crise que envolve a federação de futebol do país, que está virtualmente sem comando após o presidente Sergio Jadue, que renunciou ao cargo, se entregar às autoridades norte-americanas e confessar envolvimento em corrupção.
"Reiterei em várias ocasiões que estou esperando o dia 4 de janeiro, quando se constituirão as novas autoridades da ANFP (Associação Nacional de Futebol Profissional", disse, através de um comunicado, o treinador argentino, que levou a seleção chilena até as oitavas de final da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e ao seu primeiro título da Copa América, em julho.
Ele indicou que conversará com a nova diretoria "para determinar de forma definitiva o modo que minhas atividades serão desenvolvidas no âmbito do meu contrato com o futebol chileno". Também destacou que vai apresentar o seu projeto esportivo "para os próximos anos, esperando que este também seja aprovado pelos novos dirigentes".
Sampaoli tem contrato até a Copa do Mundo de 2018 e chegou a ter o seu nome especulado por um dos candidatos derrotados na recente eleição presidencial do Flamengo para assumir o comando da equipe em 2016 - o treinador argentino negou ter qualquer acordo.
A ANFP está em crise desde que Jadue renunciou ao cargo e viajou aos Estados Unidos em novembro, onde se declarou culpado por "conspiração de crime organizado e conspiração de fraude eletrônica". Ele é um dos dirigentes do futebol da América do Sul investigados pelas autoridades norte-americanas por aceitar subornos em troca dos direitos de marketing de torneios.
A incerteza dentro da ANFP, com rumores sobre possíveis candidatos à presidência, chegou ao ponto de que na última quinta-feira a água foi cortada em razão da falta de pagamento por vários meses.