A saída de Luiz Felipe Scolari fez com mais uma vez o Palmeiras tivesse que gastar para que um treinador deixasse o clube. Foi assim nos últimos três anos. Só de indenização para treinadores, o clube precisou gastar algo em torno de R$ 5 milhões.
O mais curioso é que, no caso de Felipão, o treinador entregou o cargo, a diretoria aceitou, mas mesmo assim vai pagar um valor extra. Não chega a ser a multa contratual, que seria um valor maior, mas para deixar o comando do time, o treinador campeão da Copa do Brasil vai receber pouco mais de R$ 1 milhão.
Em 2009, para demitir Vanderlei Luxemburgo, o clube precisou pagar R$ 1,5 milhão ao treinador, que atualmente defende o Grêmio. No ano seguinte, foi a vez de desembolsar R$ 2,5 milhões para mandar embora Muricy Ramalho, hoje no Santos. Ambas decisões foram na gestão do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Antônio Carlos Zago foi o único que deixou o clube nesse período sem receber nada a mais, já que pediu demissão.
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A decisão de pagar um acordo com Felipão foi bastante criticada no clube. Conselheiros alegam que o treinador estava mentindo ou Tirone foi passado para trás pelo técnico. Reclamam que, por diversas vezes, Felipão deu entrevistas falando que não iria cobrar nada, caso a diretoria decidisse demiti-lo.
E como o próprio treinador entregou o cargo, não faria sentido o clube pagar valor algum para ele. Tirone disse que desembolsou o dinheiro em nome de um acordo selado entre clube e Felipão e como forma de agradecimento pelos serviços prestados desde seu retorno ao clube, em julho de 2010.
"Agradecemos do fundo do coração tudo que ele fez. Mas chega um dia que a gente tem que tomar uma decisão. Foi um momento difícil, mas decidimos fazer um acordo", afirmou.
A decisão de demitir Felipão contou muito com a parte política. Possíveis aliados do presidente na eleição em janeiro eram contra a manutenção do treinador e ameaçavam não apoiar Tirone, caso ele decidisse manter o funcionário.