Se algum argentino ainda tinha dúvida do que Messi é capaz, depois desta segunda-feira não tem mais. Ele destruiu a Costa Rica na vitória por 3 a 0, em Córdoba, que deu a classificação da Argentina às quartas de final da Copa América com a segunda colocação do Grupo A (cinco pontos). Show do melhor do mundo. Aos costarriquenhos, a esperança de avançar como um dos dois melhores terceiros colocados, mas será preciso esperar até o jogo do Brasil contra o Equador, na quarta, para saber se continuam na competição.
Bola em jogo e os bravos rapazes da Costa Rica, uma seleção sub-22, com vontade de aprendizes se agruparam no seu território. A missão deles era transformar a noite com ares de épica em trágica para a Argentina.
Messi, pressionado, começou a dar seus dribles. Os dois primeiros não deram em nada. Mas, depois, o melhor jogador do mundo só fez deixar seus companheiros na cara do gol.
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Agüero mandou para cima do travessão dois passes açucarados de Messi. Higuaín mandou mais dois para o alto e ainda furou uma cabeçada, lances que foram criados por Lionel. A cada gol perdido, os argentinos nas arquibancadas, pouco mais de 57 mil, suspiravam de aflição. Os cânticos perderam o entusiasmo, a força. Apenas a charanga não baixava o tom.
Mesmo assim, havia a esperança de que uma hora o gol poderia sair. E aos 45 minutos, a redenção. Bola cruzada na área, a zaga afasta de cabeça e Gago emenda de primeira. A bola bate nas pernas do goleiro Moreira e, no rebote, Agüero não perdoa: Argentina 1 a 0. Alívio geral. Os jogadores, os que estavam no campo e os do banco, se abraçaram como se fosse a conquista de um título importante. Uma vibração impressionante.
Com o gol que daria a classificação à Argentina, Messi e seus companheiros desceram para os vestiários. Entre os torcedores não havia mais pânico e sim confiança de que a noite seria épica de verdade. Na volta do intervalo, a expectativa era por um gol de Messi para consolidar a vitória e coroar a vaga às quartas de final da Copa América.
Seria um prêmio também ao técnico Sérgio Batista que, até que enfim, havia dado uma arejada na seleção com Agüero, Higuaín e Di María. Com sete minutos de segundo tempo, Messi já havia revirado o jogo. De seus pés saiu o passe preciso para Agüero marcar o segundo gol. Aos 18, outro passe perfeito de Messi, dessa vez para Di María: 3 a 0.
"Messi, Messi", o grito ecoou das arquibancadas. Ele ainda deu belos passes para mais gols que, por capricho, não saíram. Em 63 passes, errou apenas 4. A festa foi dele.