O Atlético-PR, proprietário da Arena da Baixada – um dos palcos da Copa do Mundo de 2014 –, ressarcirá a Prefeitura Municipal de Curitiba somente em dezembro do ano que vem, seis meses após o Mundial, pela desapropriação das residências no entorno do estádio, cujos terrenos são necessários para se concluir os trabalhos de construção e adequação ao exigido pela Fifa.
De acordo com o presidente da Comissão Especial para Assuntos da Copa, que estuda os contratos desde o início desta semana, vereador Paulo Rink (PPS), o prazo posterior à Copa não representa nenhum problema para os cofres públicos.
– Eu acredito sempre, até que provem o contrário, na boa fé. É uma questão de contrato assinado e tem que ser cumprido. Não podemos prever um não cumprimento agora, mas existem os meios legais para a prefeitura cobrar isso. Se o clube não cumprir, ela pode cobrar judicialmente, pode cassar o alvará do estádio, pode, também, embargar as lojas que ali se instalarem. Não vejo problemas sérios para esse momento. O problema agora é a solução, na Justiça da desapropriação da última casa – afirmou Rink, em entrevista ao jornal Vanguarda Política.
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Apesar do otimismo, a preocupação com as desocupações e o ressarcimento dos R$ 14 milhões a serem usados também se faz sentir. O vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB) protocolou, no último dia 9, dois pedidos de informações a respeito das desapropriações.
– São pedidos simples, mas necessários, já que essas informações não constam no contrato. Como ficou para depois da Copa, temos interesse em saber as garantias e correções desse ressarcimento aos cofres públicos – reforçou Braga Côrtes.