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Imbróglio

Austrália rebate Fifa e diz que candidatura foi 'limpa'

Agência Estado
14 nov 2014 às 15:00

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- Reprodução
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Alvo de críticas da Fifa, a Austrália defendeu sua candidatura à sede da Copa do Mundo nesta sexta-feira, negou qualquer irregularidade e reiterou que fez campanha "limpa" para receber o Mundial de 2022. A entidade máxima do futebol atacou a Austrália e outros países, como a Inglaterra, no polêmico relatório que isentou Rússia e Catar, suspeitos de corrupção na eleição em que foram vitoriosos para sediar as duas próximas edições da Copa.

"Eu já deixei claro para todos os envolvidos em nossa candidatura que realizamos uma campanha limpa e destaquei este objetivo em toda oportunidade que tive", declarou o presidente da Federação Australiana de Futebol, Frank Lowy. "A Austrália fez seu melhor para colocar em prática uma candidatura competitiva e adequada."

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A candidatura australiana foi acusada pela Fifa de fazer "determinados pagamentos" à dirigentes da Concacaf, que votariam em favor do país da Oceania na eleição para a Copa de 2022. Frank Lowy afirmou que o pagamento não envolveu integrantes da equipe responsável pela candidatura. "Nossa equipe foi enganada. Foi revelado mais tarde que houve um desvio."

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O dirigente disse ainda ter ficado decepcionado com o processo de escolha das sedes da futura Copa. "Há muitas coisas que poderíamos ter feito de forma diferente e continuamos desapontados pela nossa experiência de tentar sediar uma Copa do Mundo", declarou.

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As críticas da Fifa estão contidas no relatório de 42 páginas divulgado na quinta-feira pelo juiz Hans-Joachim Eckert, contratado pela entidade para avaliar documento mais amplo que investigou as suspeitas de corrupção. O documento original produzido pelo advogado norte-americano Michael Garcia tem 350 páginas.


Em seu relatório, Hans-Joachim Eckert inocentou tanto a Rússia quanto o Catar, mantidos com as sedes dos Mundiais de 2018 e 2022. O juiz admitiu que empresários e cartolas do Catar pagaram cerca de R$ 12 milhões para conseguir apoio.


No caso dos russos, ele informou que responsáveis pela candidatura destruíram os computadores onde estavam os arquivos e alegaram que não poderiam passar os e-mails enviados porque o Google não havia autorizado. Ele, no entanto, não recomenda que haja um novo processo de seleção e a Fifa não acredita que os incidentes são graves o suficiente para justificar a Copa dos dois países.

Responsável pela investigação das suspeitas de corrupção, Michael Garcia se mostrou insatisfeito com o resultado final do caso, resumido no relatório do juiz alemão. Ele afirmou que vai apelar contra o relatório. "A decisão de hoje [quinta-feira] contém numerosas interpretações incompletas e errôneas dos fatos", declarou o advogado, que tenta obter permissão para divulgar seu relatório completo.


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