A Fifa vai acompanhar as investigações da Polícia Federal brasileira sobre o presidente da Federação Paulista de Futebol e vice da CBF Marco Polo del Nero. O dirigente está sendo investigado pela Operação Durkheim, que apura crimes contra o sistema financeiro e violação de dados. Na segunda-feira, teve a casa visitada por oficiais da PF, que recolheram documentos e computadores. Ele foi levado à sede do órgão para prestar esclarecimentos e foi liberado posteriormente.
Nesta sexta-feira, o presidente da entidade que comanda o futebol mundial, Joseph Blatter, apesar de ressaltar que o caso "nada tem a ver com o futebol", admitiu que a Fifa "está esperando" os resultados da investigação. "Por enquanto, não tenho mais nenhum comentário".
No dia anterior, em conversa com jornalistas brasileiros, Blatter também havia dito que não iria entrar no mérito do caso de Del Nero, "pois não foi trazido oficialmente para a nossa organização", mas disse que a Fifa passa por um processo interno de reforma e lembrou que uma das decisões já tomadas e implantadas foi "melhorar o comitê de ética". Foram criadas duas câmaras diferentes, uma de investigação e outra para decidir o destino dos cartolas pegos em alguma irregularidade.
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Del Nero, por enquanto, não está sujeito a ação do comitê de ética da Fifa - ele faz parte do Conselho Executivo da entidade. Mas a situação pode mudar se as investigações da PF concluírem por seu envolvimento efetivo nos desmandos investigados pela Operação Durkheim.
Ao saber da posição comedida de Blatter sobre a investigação, Del Nero limitou-se a dizer: "Preciso falar mais alguma coisa?".