O novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, explicou que cedeu ao Chile o direito de sediar a Copa América de 2015, em troca da edição seguinte do torneio, em 2019, para poder "proteger" a seleção brasileira. Sua lógica é simples: se perdesse o título do Mundial de 2014, jogando em casa, o time do Brasil seria "apedrejado" ao atuar no País no ano seguinte.
Além disso, a alegria de uma eventual conquista do título mundial em 2014 poderia ser frustrada um ano depois se o Brasil não repetisse a performance e não fosse campeão da Copa América em casa. "Diriam que ganhamos a Copa de 2014 até por sorte", explicou Marin.
Marin assumiu o comando CBF no começo do mês, após a renúncia de Ricardo Teixeira, e desembarcou nesta terça-feira em Zurique, na Suíça, para sua primeira reunião na Fifa. Uma de suas primeiras ações no cargo foi justamente a de abandonar a organização da Copa América de 2015, aceitando uma proposta de troca com o Chile pela edição de 2019, que será no Brasil.
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"Se a gente ganha a Copa de 2014 e perdemos em 2015, a festa duraria só um ano", afirmou Marin. "Se a gente perde em 2014, a seleção iria ser apedrejada durante a Copa América", completou o dirigente, que também destacou a "overdose" de futebol no Brasil em 2014 e 2015 se o calendário tivesse sido mantido. "O calendário prejudicaria muito os clubes."