Os clássicos no estado de São Paulo continuarão com torcida única em 2017. Nesta quarta-feira (14), uma reunião entre representantes dos quatro grandes clubes paulistas, Federação Paulista de Futebol (FPF), Ministério Público, Tribunal de Justiça, Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) e Polícia Militar e Civil, decidiu estender as restrições estabelecidas este ano.
"A decisão unânime é de que a proibição de visitantes nos clássicos permanecerá ao longo de 2017," confirmou o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, em entrevista coletiva após a reunião realizada na Secretaria, no centro da capital. A medida, estabelecida desde março, envolve Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, e define que as partidas disputadas entre os clubes contam com apenas uma torcida no estádio, a do time mandante.
Um grupo envolvendo a cúpula de Segurança Pública e os clubes ficará responsável por acompanhar as atividades esportivas ao longo do próximo ano, que será crucial para definir a manutenção das regras atuais, e, de acordo com Barbosa Filho, "aplicar mais restrições ou flexibilizar"
Segundo a SSP-SP, a permanência das normas acontece pelos "excelentes resultados obtidos. Em 2015, os clássicos de São Paulo tiveram um público de 290 mil pessoas. Em 2016, o número saltou para 361 mil", diz o secretário, que argumenta: "O aumento significativo quer dizer que o clima realmente melhorou e os torcedores se sentiram mais a vontade para ir aos estádios e levar suas famílias".
Além do número de torcedores, as autoridades diminuíram 38% do efetivo da tropa de choque nas arenas e os confrontos entre torcidas rivais tiveram uma queda de 75%. "Foram esses resultados que levaram a todos os envolvidos decidir continuar com as mesmas regras em 2017," afirma Barbosa Filho.
Relembre
As principais medidas para os jogos de torcida única foram anunciadas em abril deste ano, após o registro de conflitos em quatro pontos da capital, entre torcidas rivais antes e depois do clássico entre Palmeiras e Corinthians, que deixou um morto e dezenas de feridos. A determinação era válida até 31 de dezembro.