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Mais uma venda

Com raras apostas da base no profissional, Corinthians 'liquida' garotos

Agência Estado
21 mai 2015 às 08:55

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- Divulgação
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A provável venda do atacante Matheus Cassini, de 19 anos, reforçou a tese de que o Corinthians pouco aproveita os atletas formados nas categorias de base. Malcom, hoje titular, pode ser considerado uma exceção. Cassini, que sequer atuou pelos profissionais, recebeu uma proposta do Palermo, da Itália.

Se a negociação for concretizada, o Corinthians receberá R$ 3,5 milhões pela transferência. Esse é o valor correspondente a 70% dos direitos econômicos do atleta - os outros 30% pertencem a empresários.

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Em 2013, aconteceu algo semelhante com o zagueiro Marquinhos, hoje no PSG. Marquinhos havia defendido o Corinthians em apenas 14 jogos antes de ser negociado com a Roma. Em menos de um ano, o clube italiano, que havia pago R$ 20 milhões por Marquinhos, vendeu o atleta ao PSG por R$ 100 milhões. O Corinthians ficou com 5% dessa transação.

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No acordo da venda de Cassini, o Corinthians fica com 10% de uma futura venda. É uma maneira de faturar caso o jogador se destaque no Palermo, time mediano da Itália, e seja negociado com outro clube europeu.

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Cassini foi promovido ao elenco profissional logo depois de o Corinthians conquistar a Copa São Paulo deste ano. Ele sofreu uma lesão no púbis, voltou a treinar com o elenco, mas não foi aproveitado por Tite.


Os casos de Marquinhos e de Cassini têm algo em comum. Independentemente do momento do time, eles têm a sensação de que não vão jogar, segundo apurou a reportagem. Como, na visão deles, a chance no time não aparece, fazem pressão para sair do clube.

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Nas redes sociais e nos fóruns de torcedores do Corinthians, a diretoria foi criticada por vender um jogador que sequer atuou nos profissionais. Mas o ex-presidente Andrés Sanchez usou o Twitter para defender o clube. "Ninguém quer vender, ele quer ir embora. Se não for agora, em um ano sai de graça", escreveu Andrés. Quando Marquinhos foi vendido, dirigentes diziam que o pai do atleta forçou a saída do clube.


Tite era o treinador do Corinthians quando Marquinhos foi vendido. O time vivia seu auge, campeão da Libertadores e do Mundial. Quem trabalha nas categorias de base achava que a boa fase do time praticamente impedia jogadores formados no clube tivessem chance entre os profissionais.

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Malcom ganhou sua primeira oportunidade com Mano e virou titular com Tite depois que Emerson Sheik perdeu espaço. O seu contrato foi renovado até 2019.


Outros jogadores que vieram da base não tiveram a mesma sorte: o lateral-esquerdo Guilherme Arana foi emprestado ao Atlético Paranaense, o zagueiro Pedro Henrique e o atacante Gustavo Tocantins foram cedidos ao Bragantino.

A reportagem apurou que o clube gasta cerca de R$ 20 milhões por ano com as categorias de base. O CT voltado à base ainda não ficou pronto. E não há data para ser inaugurado. Por falta de dinheiro, a obra atrasou.


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