As contas do primeiro ano de gestão do presidente José Carlos Peres não teve a aprovação do Conselho Deliberativo. Em uma reunião na sede do clube, dentro do estádio da Vila Belmiro, em Santos, na noite de segunda-feira, o órgão reprovou o balanço patrimonial em 2018 - o resultado final apontou um déficit de R$ 77 milhões.
Por ampla maioria, os conselheiros santistas deram o aval ao relatório do Conselho Fiscal, que sugeria a reprovação das contas. A partir de agora, Peres tem 15 dias para recorrer da decisão do Conselho Deliberativo. Caso a Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos considere que houve "dolo", ou seja, má fé, o presidente corre o risco de ser excluído do quadro de associados e, assim, perder o mandato.
Além do déficit, o Conselho Fiscal questionou intermediações com o total de R$ 5 milhões para contratações e renovações, admissão de PJ’s (pessoas jurídicas) e criação de cargos sem orientação, gasto em cartões corporativos, entre outros.
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O resultado final com o déficit de R$ 77 milhões não conta com o dinheiro da venda do atacante Rodrygo para o Real Madrid - 20 milhões de euros (R$ 87,5 milhões) da primeira parcela, já paga, e 25 milhões (R$ 109,4 mi) a serem quitados em junho deste ano. Assim, de acordo com Peres, esta negociação geraria um receita líquida de aproximadamente R$ 150 milhões, o que daria um superávit contábil de 72 milhões de reais.
Em seu relatório, um documento em Power Point com 25 slides, a diretoria comandada por Peres diz ainda ter pago R$ 74 milhões em compromissos pendentes de gestões anteriores.