Na iminência de ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva por conta dos fatos ocorridos em Brasília, no Mané Garrincha, quando os torcedores de Vasco e Corinthians brigaram entre si, o diretor de futebol do clube paulista afirma que não vê razão para que aconteça uma punição contra os clubes. Para ele, a solução é punir individualmente os infratores.
- Vamos aguardar o que vão nos enviar, mas a gente lamenta, fica triste com os acontecimentos. Não é o que a gente quer, não é o que o clube gostaria de ver. Sempre ficamos preocupados com essas coisas, não sabemos o que tem que fazer. É um problema que passa das mãos do clube, tem de mudar as leis, punir as pessoas que agem desta forma. A punição ao clube não vai resolver. Não é a solução, é coisa muito maior que isso. Se a legislação for essa, isso vai continuar por muito tempo - afirmou o diretor Roberto de Andrade.
A procuradoria do STJD já concluiu a denúncia contra os clubes por causa da briga. Os dois clubes foram enquadrados no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o que pode acarretar perda de até dez mandos de campo. Mas como para o Vasco, por exemplo, não faria muito sentido, pois o clube já estava atuando longe do Rio, o procurador-geral, Paulo Schmitt, incluiu um requerimento para que os dois times atuem com portões fechados.
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O documento deve chegar à presidência do Tribunal entre esta quinta ou sexta-feira. Então, o julgamento do caso será marcado. A expectativa da procuradoria é que o caso entre na pauta já na próxima semana.
- O que nos deixa chateado são brigas toda hora, todas pré-marcadas. Essa rivalidade grande contra o Vasco, toda vez que jogamos contra tem esses confrontos. Se não é aqui, é no Rio, e agora em outros estados. Isso preocupa muito. Mas enquanto não tivermos atitudes mais enérgicas contra os torcedores que agem dessa forma, não vai ter solução - finalizou Roberto.