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Renda no futebol

Europa lucra mais que a Fifa com direitos de TV

Agência Estado
27 fev 2011 às 10:59

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A união faz a força. É isso que os clubes europeus descobriram há anos e, hoje, garante a eles renda recorde e superior ao que a própria Fifa ganha com os direitos de TV do Mundial. Salvo nos casos isolados de Espanha e Portugal, os demais clubes de ligas europeias negociam em conjunto a venda dos direitos de TV. O resultado foi uma multiplicação sem precedentes na renda do futebol e a criação de campeonatos equilibrados e competitivos.

Hoje, estão em vigor contratos de TV para a transmissão de campeonatos nacionais europeus no valor de quase 12 bilhões de euros (cerca de R$ 27,6 bilhões), três vezes superior ao que a Fifa obterá com a Copa de 2014 no Brasil. A maneira de negociar acordos coletivos ainda permitiu um incremento no valor. Unidos, os clubes turcos, por exemplo, já obtêm renda superior aos do Campeonato Brasileiro, que acaba de ver um levante de parte de seus integrantes contra o Clube dos 13 para a negociação isolada de contratos em 2012.

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A tendência no Brasil vai no sentido contrário ao do resto do mundo. O campeonato mais lucrativo é a Premier League, da Inglaterra. Manchester United, Arsenal e Chelsea abriram mão de um controle total dos recursos para que o pacote de transmissão pudesse ser vendido. Se o critério fosse a divisão dos recursos por campeonatos ganhos no passado, o Manchester teria direito a mais do dobro do que recebe. Mas aceitou o pacote. Cada clube ganha um valor base e 30 milhões (R$ 69 milhões) ainda são colocados em um fundo e distribuídos para a formação de jogadores em 72 clubes de Segunda Divisão e amadores pelo país.

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Outro segredo do sucesso foi a venda de pacotes para dezenas de redes pelo mundo. A família real de Abu Dabi pagou 300 milhões (R$ 690 milhões) para transmitir o torneio para os países árabes. Em Cingapura, com apenas 5 milhões de habitantes, a TV local pagou outros 300 milhões. Na Itália, a renda chega a 911 milhões por ano, pelo acordo entre os clubes. A transmissão do Campeonato Francês rende 688 milhões; na Alemanha, 412 milhões. Em Portugal, não há venda coletiva de direitos. Benfica, Sporting e Porto recebem metade do que as TVs pagam, cerca de 24 milhões anuais. Os outros 15 times da 1.ª Divisão ficam com o restante.


Real Madrid e Barcelona também brigavam por metade de tudo o que pagavam as tevês, cerca de 520 milhões. Mas no final de 2010 os demais times espanhóis se revoltaram, recorreram ao governo e exigiram renda mais justa. Pelas contas do Sevilla, os dois times ganharam 1,5 bilhão a mais nos últimos dez anos que o terceiro clube de maior renda. Em 2010, enquanto o Real embolsou 150 milhões por transmissões, o Levante ficou com apenas 9 milhões.

O Real e o Barça então ofereceram ficar com 34% da renda de TV. O Atlético de Madrid e Valência dividiriam outros 11%. Os outros 45% seriam repartidos entre 16 times. Seis clubes já rejeitaram a nova oferta.


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