O ministro do Esporte, Orlando Silva, anunciou ontem (5) que os ingressos para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, serão cotados em real no mundo inteiro.
"Isso mostra a economia brasileira cada vez mais confiável e o real uma moeda cada vez mais forte", afirmou o ministro que recebeu a informação do secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jerome Valcke, durante reunião realizada no Ministério do Esporte para tratar da isenção de impostos federais que será concedida à entidade para a organização do mundial.
De acordo com o ministro, quem comprar ingressos para os jogos da Copa fará a conversão para a moeda local levando em conta o real.
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Na reunião, o governo apresentou à Fifa e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o projeto de lei sobre isenção de impostos para a entidade, seus produtos e serviços que será enviado ao Congresso Nacional em fevereiro, após o recesso parlamentar, e que terá vigência até 31 de dezembro de 2015.
Silva disse também que o governo tem um compromisso com a Fifa de que a carga tributária sobre os ingressos da Copa não ultrapasse 10% do seu valor.
Outras questões serão tratadas num projeto denominado Lei Geral da Copa do Mundo, que também vai ser encaminhado ao Congresso, segundo o ministro.
A isenção fiscal discutida na reunião diz respeito apenas aos tributos federais, pois caberá a estados e municípios decidir sobre o assunto nas áreas de sua competência. A isenção abrangerá a Fifa, subsidiária que ela instalar no Brasil e prestadores de serviços que sirvam à preparação da Copa e diretamente vinculados à entidade.
O projeto dá cumprimento ao compromisso assinado com a Fifa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a realização da Copa.
O ministro Orlando Silva garantiu que o corte de R$ 1,8 bilhão no orçamento para este ano não vai impactar na preparação do mundial de 2014. "O que o governo pretende investir em mobilidade urbana, por exemplo, vai ser anunciado este mês pelo presidente Lula, que vai fazer uma solenidade com prefeitos e governadores, onde assinará um pacto de cooperação federativa, definindo esses investimentos", informou o ministro.
"Aeroporto tem toda a previsão orçamentária no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]; perto de R$ 500 milhões que serão investidos em portos já tem todo um programa na Secretaria Especial de Portos; para os estádios da Copa de 2014, nós já temos financiamento do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Esses recursos que foram eliminados do orçamento não têm nada a ver com o programa pactuado entre governo federal, as cidades e os estados que receberão jogos da Copa do Mundo. Essa restrição do orçamento não implica em nenhuma mudança na estratégia do governo federal", acrescentou.
O ministro garantiu ainda que o governo está tranquilo com relação à segurança durante os jogos.
Indagado se continuará no cargo ou deixará o ministério para disputar as eleições deste ano, Orlando Silva disse que está discutindo o assunto com o presidente Lula, mas que está muito feliz com o seu cargo e com o apoio do presidente ao seu trabalho.