O diretor de Responsabilidade Social Corporativa da Fifa, Federico Addiechi, reforçou nesta sexta-feira, durante palestra na Rio+20, que a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, será a "mais sustentável de todas". Ele reconheceu os impactos negativos que a competição vai trazer ao País, mas afirmou que eles serão superados pelos positivos.
O diretor da Fifa defendeu a utilização da publicidade gerada pelo Mundial para divulgar medidas de desenvolvimento sustentável. "A Copa do Brasil será vista por metade da população mundial, então é uma oportunidade para dar ainda mais força a essas questões", disse.
Na última terça-feira, também durante evento da Rio+20, Addiechi anunciou o investimento de US$ 20 milhões (R$ 40,7 milhões) no Brasil, pela Fifa, para a implementação da estratégia de sustentabilidade da competição até 2014. O valor corresponde a 0,7% da arrecadação da entidade.
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O secretário executivo do ministério do Esporte, Luís Fernandes, único representante do governo federal no Comitê Organizador Local (COL) da Copa, frisou a decisão do Brasil de solicitar, sem que a Fifa exigisse, a certificação ambiental internacional LEED (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental), concedida pela ONG Green Building Council. "Agora, a Fifa quer levar a experiência do País para as próximas Copas do Mundo", disse.
Também presente à palestra, o arquiteto espanhol Pablo Vaggione, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - um dos principais financiadores das obras relacionadas à Copa nas cidades brasileiras - deu um alerta. "Vocês precisam estar preparados para a desaceleração de eventos, logo após o fim do Mundial", avisou. Segundo ele, a transformação de Barcelona não terminou em 1992, quando a cidade espanhola sediou os Jogos Olímpicos, "mas começou". "Não se pode desperdiçar o dia seguinte à Copa", disse.