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Grupo chinês ligado a Blatter patrocinará a Fifa até 2030

Agência Estado
18 mar 2016 às 15:28

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- Reprodução
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Depois de uma longa crise e do maior escândalo de corrupção da história do futebol, a Fifa tenta se reerguer. Por conta da imagem arranhada, a entidade perdeu diversos patrocinadores desde o ano passado, nas nesta sexta-feira anunciou o acerto com um novo parceiro. Trata-se de um conglomerado chinês chamado Dalian Wanda Group, que fechou acordo até o ano de 2030.

O novo patrocinador da Fifa é um gigante asiático que atua em diferentes frentes, incluindo desenvolvimento de propriedades e operação de cadeias de cinema. As principais indústrias nas quais o grupo atua são: propriedades comerciais, hotéis de luxo, cultura e turismo, e lojas de departamento.

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O problema do conglomerado é que ele tem ligações com a família daquele que é apontado justamente como símbolo dos anos de corrupção da Fifa nos últimos tempos: o ex-presidente da entidade Joseph Blatter. Sobrinho do ex-dirigente, Philippe Blatter é o chefe da Wanda Sports Holding, empresa subsidiária da Dalian Wanda Group.

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Philippe Blatter inclusive foi agente atuante na elaboração do acordo de patrocínio. Prova disso é que ele esteve ao lado do presidente do Dalian Wanda Group, Wang Jianlin, na sede da Fifa nesta sexta-feira para a assinatura do contrato.

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O valor do patrocínio não foi revelado, mas especula-se que gire em torno dos US$ 900 milhões (R$ 3,247 bilhões). Quantia importante para uma entidade que divulgou na última quinta-feira seu primeiro balanço financeiro anual com prejuízo desde 2002. Em 2015, a Fifa fechou o ano com débito de US$ 122 milhões.


Boa parte do motivo deste prejuízo é justamente a crise instalada na entidade e no futebol mundial no ano passado. Uma investigação liderada pela Justiça dos Estados Unidos e da Suíça comprovou casos de corrupção no esporte e acabou gerando a prisão de diversos dirigentes.

A imagem arranhada da Fifa causou uma debandada de patrocinadores que estavam com a entidade há um longo período, como Sony, Emirates, Castrol, Continental e Johnson & Johnson. Com a situação insustentável, Joseph Blatter renunciou à presidência em junho do ano passado. Posteriormente, ele foi banido por conduta antiética.


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