Contratado para tirar o Chelsea do péssimo momento que vive nesta primeira parte de temporada 2015/2016, Guus Hiddink falou pela primeira vez como técnico do clube nesta quarta-feira. O holandês de 69 anos não fez questão de minimizar a crise do time inglês e admitiu que ele próprio se espantou ao desembarcar em Stamford Bridge.
"É algo espantoso para todos no clube, e não é fácil de consertar", admitiu o treinador. Hiddink assinou contrato somente o até o fim da temporada e iniciou sua segunda passagem pelo Chelsea, sendo que a outra também foi bastante breve, na segunda metade da temporada 2008/2009, após a demissão do brasileiro Luiz Felipe Scolari.
A fase do Chelsea é tão ruim que a pressão resultou na demissão de um dos grandes ídolos recentes do clube, o técnico José Mourinho, na semana passada. Foram nove derrotas nas primeiras 17 rodadas do Campeonato Inglês, campanha que deixa o time londrino na 15.ª colocação da tabela, somente três pontos acima da zona de rebaixamento.
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Para tirar a equipe deste péssimo momento, Hiddink revelou o que pediu em seu primeiro contato com os jogadores. "Olhem-se no espelho por um longo período e pensem em que podem melhorar cada um de agora em diante. Não podemos ignorar o que aconteceu no passado recente, mas os pedi para se olharem no espelho e serem super autocríticos."
Na primeira partida após a demissão de Mourinho, diante do Sunderland, a torcida mostrou sua revolta com a decisão, vaiou alguns dos supostos desafetos do treinador, como Diego Costa e Hazard, e cantou o nome do português a todo momento. A atitude não preocupou Hiddink, que preferiu olhar o lado positivo do apoio das arquibancadas.
"Espero que os torcedores apoiem a equipe como fizeram em alguns momentos quando tiveram algumas lindas jogadas na última partida (vitória por 3 a 1). Os torcedores têm o direito de pensar o que querem e expressar-se, mas a equipe deve tomar a iniciativa para ganhar os fãs. Ela ainda não os perdeu", avaliou.