Um dos personagens da polêmica na final da Copa do Mundo da Alemanha, o juiz argentino Horácio Elizondo disse nesta quinta-feira (13) que não conseguiu ouvir a conversa entre o italiano Marco Materazzi e Zinedine Zidane, que provocou a agressão do francês no segundo tempo da prorrogação.
"Não escutei o diálogo entre eles. Quando vi o jogador italiano caído no campo, paralisei o jogo e fui falar com o (Darío) García (um dos assistentes da partida), que me informou o que havia acontecido", disse Elizondo em sua volta a Buenos Aires.
O seu compatriota denunciou a agressão logo depois que o quarto árbitro, o espanhol Luis Medina Cantalejo, percebeu a cabeçada de Zidane em Materazzi. Ele foi o único que presenciou o fato com clareza. "No momento da expulsão, você não pensa que está expulsando Zidane no último jogo de sua carreira, e sim que está preparado para esse momento, em que deve mostrar o cartão vermelho a um jogador", comentou.
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Ele também elogiou o uso de rádios para facilitar a comunicação entre a equipe de arbitragem durante as partidas. "O avanço tecnológico na Copa foi muito importante para o trabalho dos juízes. Foi dado um grande passo em relação ao Mundial anterior (2002, Coréia do Sul e Japão). Parece que a Fifa se deu conta de que, se a profissionalização da arbitragem ocorrer, os juízes serão muito melhores", discursou.
Para o professor de educação física, de 42 anos, apitar a final da Copa foi "um prêmio a 15 anos de trabalho". Ele disse também que sua aposentadoria está próxima. "Meus objetivos dentro da arbitragem estão cumpridos. Vai chegando a hora de começar a ensinar o que aprendi. Temos que ir embora pela porta da frente e dar espaço para os jovens". (AE)