A Suprema Corte do Paraguai rejeitou nesta terça-feira pedido do ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, para anular a abertura do processo de extradição aos Estados Unidos. Com a decisão, o ex-dirigente ficou mais perto de ser extraditado para o país norte-americano, onde deverá responder pelas acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude no escândalo da Fifa.
"O pedido que enviei à Corte foi para anular o processo iniciado na primeira instância", afirmou o advogado de Leoz, Ricardo Preta, em entrevista à agência Associated Press. "A Suprema Corte rejeitou meu pedido argumentando que a abertura do processo não representa o final do caso."
A defesa de Leoz argumenta que Leoz não poderia ser entregue às autoridades norte-americanas porque, apesar de o Paraguai ter acordo de extradição com os Estados Unidos, essa medida não é contemplada pela legislação paraguaia.
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Aos 87 anos, Leoz cumpre prisão domiciliar no Paraguai desde que foi acusado de corrupção pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, no fim de maio. Ele só não foi detido pela polícia suíça, como outros sete cartolas, porque não foi a Zurique, na Suíça, para participar das eleições da Fifa.
Leoz é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e uma série de crimes financeiros que teriam sido cometidos durante sua gestão como presidente da Conmebol, entre os anos de 1986 e 2013. Ele e seus sucessores, o uruguaio Eugenio Figueredo e o paraguaio Juan Ángel Napout, são acusados de receber propina na negociação dos direitos de transmissão dos torneios organizados pela Conmebol.