A Juventus colocou um pé na final da Liga dos Campeões nesta quarta-feira, ao derrotar o Monaco por 2 a 0 mesmo atuando na casa do adversário, pela primeira partida da semifinal. Com atuações inspiradas de Daniel Alves e Higuaín, assistente e autor dos dois gols, respectivamente, o time de Turim controlou o adversário e conseguiu uma ampla vantagem para a volta.
No duelo entre uma das melhores defesas do mundo e um dos principais ataques da Europa na atualidade, ao menos nos números, falou mais alto a experiência do time de Turim, que minou as oportunidades de Mbappé e Falcao García e forçou erros da marcação adversária. Após dois lindos passes de Daniel Alves, Higuaín mostrou seu faro de artilheiro para definir a vitória.
O triunfo mostrou que a opção do técnico Massimiliano Allegri na escalação foi correta. Ele levou a Juventus a campo com Barzagli improvisado na lateral direita, adiantando Daniel Alves e colocando Cuadrado no banco. Com mais liberdade, o brasileiro foi um dos diferenciais dos visitantes.
Leia mais:
Londrina EC marca jogo contra o Maringá em Alvorada do Sul
São Paulo pode devolver Jamal ao Newcastle e abrir 2025 com só um lateral
'Corroendo por dentro', diz Gabigol sobre sofrimento com Tite no Flamengo
Brasília quer sediar final da Libertadores 2025, diz presidente da Conmebol
O ótimo resultado deixou a Juventus em situação extremamente confortável para a volta. Em Turim, na próxima terça-feira, a equipe pode até perder por um gol de diferença que avançará à final. Situação semelhante à do Real Madrid, que passou por 3 a 0 pelo Atlético de Madrid, em casa, e praticamente se garantiu na grande decisão do torneio.
O jogo
Mesmo fora de casa, a Juventus tomou conta dos primeiros minutos e só não marcou porque falhava no último passe. E o castigo quase veio aos 15 minutos. Bernardo Silva recebeu pela direita e cruzou. Em uma rara falha da defesa, Mbappé apareceu sozinho e desviou, mas Buffon caiu para fazer grande defesa.
O Monaco se empolgou e cresceu na partida. Se não construía grandes jogadas, passou a levar perigo pelo alto, como aos 18, quando Falcão García aproveitou outro bom cruzamento da direita para cabecear e exigir outra boa intervenção de Buffon. Após a cobrança de escanteio, o próprio colombiano colocou na área e Glik desviou para fora.
A Juventus, então, tentou responder na mesma moeda e viu Higuaín perder boa chance aos 24. Mas aos 28, não teve jeito. A equipe de Turim saiu jogando bonito da defesa, Marchisio tocou para Dybala, que ajeitou de letra para Higuaín lançar Daniel Alves na direita. O brasileiro invadiu a área e tocou de calcanhar, com estilo, para o argentino, que chegou finalizando para a rede.
Foi o suficiente para esmorecer o jovem time do Monaco, que não conseguiu mais incomodar a Juventus. Isso até a volta para o segundo tempo, porque logo com um minuto, quase saiu o empate. Em outro erro defensivo, Marchisio saiu errado e tocou no pé de Bernardo Silva, que passou para Falcao. Mas o colombiano bateu fraco e facilitou a vida de Buffon.
Mas novamente a experiência da Juventus falou mais alto e o time soube administrar a partida. Os visitantes adiantaram a marcação e passaram a forçar erros de saída de bola do Monaco. Aos nove minutos, Sidibé entregou no pé de Marchisio, que invadiu a área sozinho antes de finalizar cruzado. Subasic buscou com o pé direito e impediu o segundo.
Somente quatro minutos depois, no entanto, o erro se repetiu, e desta vez a Juventus não perdoou. Daniel Alves roubou de Bakayoko, antes de tabelar com Dybala. O brasileiro, então, levantou a cabeça e deu cruzamento perfeito para Higuaín, que finalizou de carrinho na saída de Subasic e ampliou.
Se o primeiro gol esmoreceu o Monaco, o segundo fez ruir a equipe da casa. Em momentos esporádicos, principalmente pela direita, os monegascos tentavam em cruzamentos para a área, facilitando a vida da ótima zaga da Juventus. No fim, os italianos seguraram o resultado sem grandes sustos e encaminharam a classificação.