Ao vender Rafael ao Napoli, em julho de 2013, o Santos já contava com Aranha em condições para ser o novo dono da camisa 1. E ao perder Aranha, o clube percebeu que a reposição não seria tão simples e, mesmo endividado, teria de pagar para manter a tradição de sempre ter goleiro de alto nível, ao contrário do que aconteceu no acerto com os outros seis reforços, todos sem custos.
Era como se o Santos tivesse apenas uma bala na agulha e sabia que não podia errar o tiro. As tentativas de levar um goleiro de seleção para a Vila Belmiro esbarravam em exigências de salários altos. O escolhido acabou sendo Vanderlei, que precisou de apenas três jogos para mostrar que a escolha não poderia ser melhor.
O goleiro de 31 anos é o menos vazado do Paulistão, ao lado do arqueiro do Corinthians. Ambos os times só sofreram um gol na competição até agora. "O mérito é de todos pelo fato de o time só ter sofrido um gol em cinco jogos. A marcação começa lá na frente, com os atacantes ajudando. Por isso, o trabalho é facilitado lá atrás", disse o goleiro, nesta quarta-feira, no CT Rei Pelé.
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"E não tomar gols dá tranquilidade para a equipe ganhar os jogos". A impressão que Vanderlei passa é de que está muito tempo no Santos e atribuiu a sua rápida adaptação ao bom ambiente e à maneira como foi acolhido pela comissão técnica, jogadores e torcida.
Apesar de o Santos estar com a vaga às quartas de final bem encaminhada, com apenas um terço da fase de classificação concluído, somando 11 pontos, oito à frente do Bragantino (segundo do Grupo D e 14º na classificação geral), Vanderlei segue a linha das insistentes declarações de Enderson Moreira de que os times do interior são muito fortes e difíceis.
"O Campeonato Paulista é bem diferente do Paranaense. É um dos melhores do País e as equipes do interior são fortes. Na nossa chave os outros times não estão pontuando, mas temos que pensar na nossa equipe e procurar sempre somar pontos para garantir a classificação o mais cedo possível. E depois, vamos pensar no título".
Vanderlei acha que o melhor para o Santos no momento é procurar fazer apenas as mudanças necessárias por ainda ser um time em fase de reformulação. "Enderson já vem fazendo testes em algumas partidas, mas o que mais precisamos é de entrosamento, de padrão de jogo. Isso é muito mais importante para estarmos prontos para as fases decisivas", conclui.