Um grupo de mulheres da Frente Feminista Popular de Varginha convocou um protesto para esta terça-feira contra a contratação do goleiro Bruno. "Hoje, dia 14 de março, às 18h30, acontecerá, em frente a Concha Acústica, em Varginha, ato de repúdio à contratação do goleiro Bruno pelo time do Boa Esporte Clube. Estarão presentes representantes de vários coletivos de frente feminista, integrantes de movimentos sociais e a população em geral", disse o comunicado divulgado nas redes sociais.
Por causa da ameaças, as líderes do movimento não querem dar entrevistas e procuraram a polícia para denunciar os agressores. As mulheres estarão vestidas de preto, mas com as mãos vermelhas, para simbolizar manchas de sangue. O protesto deverá ser feito em silêncio.
As mulheres criticam a contratação que, segundo eles, quer apenas trazer maior visibilidade ao clube. "Nós recusamos a ideia da vida de mulheres serem banalizadas novamente em nome de dinheiro", diz outro trecho do comunicado.
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O jogador foi condenado em primeira instância a 22 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-amante Eliza Samudio. Acabou libertado na última terça-feira após cumprir seis anos de prisão pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello. Com isso, deverá recorrer da decisão em liberdade. A decisão foi do ministro Marco Aurélio Mello, que considerou o fato de o jogador estar preso há quase sete anos sem que o júri que o condenou tenha sido referendado em segunda instância.
A situação, no entanto, é provisória. Bruno pode voltar à prisão a qualquer momento. No final da semana passada, o mesmo ministro recusou um recurso da mãe de Eliza Samudio contra a soltura de Bruno.