Muricy Ramalho chegou ao Centro de Treinamentos Rei Pelé no começo da tarde desta sexta-feira, reuniu-se com o auxiliar Tata, conversou com os jogadores e depois deu uma longa coletiva na sala de entrevistas. Ainda com dificuldade para caminhar, o treinador precisou de autorização médica para viajar a Santos. Na próxima terça-feira, ele será reavaliado e espera ser liberado para se "internar" pelo menos três dias no Hotel Recanto dos Alvinegros, anexo ao CT, para acompanhar de perto a preparação dos jogadores para o restante do Campeonato Brasileiro e, principalmente, visando ao Mundial de Clubes, no Japão, em dezembro. O treinador planeja dirigir a equipe contra o Vasco, no próximo dia 6, na Vila Belmiro.
Muricy revelou que nos três dias que ficou hospitalizado refletiu sobre o agravamento do seu antigo problema de hérnia de disco e decidiu optar pelo tratamento conservador - medicamento, fisioterapia e repouso - em vez da cirurgia, que implicaria no seu afastamento por seis meses, no mínimo, para realizar o seu sonho de disputar o Mundial.
Depois, vai procurar mudar um pouco. "O que aconteceu com certeza foi um aviso. É algo que tem muito a ver com estresse. Preciso me cuidar para prolongar a carreira". Ele lembrou os muitos problemas de saúde que tem atingido os treinadores de futebol ultimamente, mas não pensa em dirigir uma seleção para diminuir o ritmo de trabalho e nem em trocar de função. "Vou continuar em clube e para trabalhar. Quando achar que não dá mais, vou para o meu sítio e não saio mais de lá", finalizou o treinador santista.