A frustrante medalha de prata nos Jogos de Londres com uma das mais brilhantes gerações do futebol brasileiro aumentou a pressão sobre Mano Menezes no cargo de técnico do Brasil. Apesar dos boatos de que poderia perder o cargo por não voltar da Olimpíada com a medalha de ouro, ele segue seu trabalho normalmente e, nesta quinta-feira, convocou 22 jogadores para amistosos contra África do Sul e China, em setembro. O treinador diz estar tranquilo no cargo.
"Nunca me preocupei com isso (pressão). Não é uma questão que me preocupa, a não ser continuar vencendo. A gente vem fazendo o que precisa ser feito. Estamos definindo uma seleção, temos um grupo já direcionado, e é assim que entendo que devemos construir o trabalho. O caminho é esse e as convicções precisam ser mantidas", disse Mano, em entrevista coletiva.
Para defender o seu trabalho, Mano citou o fato de que o grupo vem sendo mantido de uma convocação para outra. "Temos uma parcela bastante clara dos jogadores que vão fazer parte deste grupo na Copa. Vocês (jornalistas) vêm para a convocação e veem nela 90% dos jogadores que vocês imaginavam que nela estivessem. É a confirmação de um trabalho", defendeu o treinador.
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Na coletiva, ele também falou do que espera do comportamento da torcida paulista no amistoso contra a África do Sul, no feriado de 7 de setembro, no Morumbi. Tradicionalmente, a seleção tem mais dificuldade para agradar o público em São Paulo e, em caso de um resultado aquém do esperado, a situação do treinador pode ficar mais agravada.
"Não vejo a pressão sobre o técnico separada da seleção brasileira. Foi assim ao longo da história, mas não é algo premeditado que o torcedor paulista tem contra a seleção brasileira. Ele tem um parâmetro alto de rendimento. Vamos estrear na Copa do Mundo em São Paulo, temos que conquistar o torcedor", lembrou o treinador, que pediu paciência à torcida. "A única coisa que peço é que a seleção ainda precisa de uma compreensão maior em relação a uma pequena oscilação que pode acontecer em campo."