Vários jogadores da seleção peruana estão dispostos a receber incentivos econômicos - a chamada "mala branca" - para derrotar a Argentina neste sábado pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, informou a imprensa esportiva local.
Em último lugar na tabela, com 10 pontos, e sem chances de se classificar, os peruanos podem atrapalhar os planos dos argentinos, que estão em quinto, com 22, e lutam para conseguir uma das quatro vagas diretas para o Mundial.
"Contra o Uruguai já haviam comentado que poderíamos receber alguma quantia, mas nada nos foi dito. Se agora houver algo, que nos avisem por favor", afirmou o meia Roberto Palacios após o treino desta terça-feira.
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Declaração parecida foi dada por Amilton Prado ao jornal El Bocón. "Se o incentivo é para que ganhemos, não há nada de errado", disse o lateral-direito.
O goleiro Leao Butrón também viu com bons olhos o possível pagamento do que a imprensa peruana já chama de "bolsita". "Sim, eu aceitaria, e isso não pioraria meu rendimento em campo, porque na hora de jogar não se pensa no dinheiro, mas em fazer um bom trabalho".
Por sua parte, o atacante Johan Fano afirmou que jogar contra a Argentina já é um incentivo suficiente.
"Para nossa seleção, qual incentivo poderia ser melhor do que atuar pelo Peru contra um grande rival, em um estádio lotado torcendo contra nós?", questionou.
O atacante, autor do gol que deu o empate ao Peru contra a Argentina na primeira partida entre as seleções nestas Eliminatórias, também aproveitou a entrevista para dizer que o árbitro boliviano René Ortubé, que dirigirá o encontro de sábado, é sua maior preocupação.
"Não temo os 60 mil argentinos que torcerão pela equipe de Maradona. O único que me preocupa é o árbitro. Devemos ter muita cautela, e espero que ele seja justo e não nos prejudique em nada", afirmou.