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Campeão!

Real vence Barça na prorrogação e fatura Copa do Rei

Agência Estado
20 abr 2011 às 19:17

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O Real Madrid quebrou nesta quarta-feira um tabu de 18 anos sem títulos da Copa do Rei, venceu o arquirrival Barcelona por 1 a 0 na prorrogação em Valência, e voltou a faturar a segunda principal competição do futebol espanhol. Cristiano Ronaldo, de cabeça, marcou o único gol do jogo, aos 12 minutos do primeiro tempo extra, aproveitando a baixa estatura de Mascherano, improvisado como zagueiro no lugar do machucado Puyol.


Com a conquista da Taça do Rei, o Real Madrid finalmente dá a Florentino Pérez, seu presidente, o único título que faltava na passagem dele pela direção do clube. De quebra, encerra um jejum de seis jogos sem vencer seu maior rival.

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Se no jogo de sábado, pelo Campeonato Espanhol, o clássico teve o Barcelona atacando e o Real Madrid só defendendo, nesta quarta-feira essa situação só foi vista nos minutos finais do tempo regulamentar e, depois, da prorrogação. De resto, muita marcação, principalmente da parte do Real Madrid, e muita violência, dos dois lados, e poucas chances de gol. Messi, mesmo em noite de pouco brilho, procurou bastante o jogo. Iniesta e Xavi, outros pilares do Barça, nem isso. Enquanto isso, Cristiano Ronaldo foi decisivo nas poucas vezes em que teve esta oportunidade.

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As duas equipes voltam a se enfrentar na quarta-feira, pela Liga dos Campeões, em Madri, no jogo de ida das semifinais da competição. A partida de volta acontece na terça-feira seguinte, fechando a série de quatro clássicos. Até aqui está 1 a 1, com vantagem do Real Madrid, que impôs a Guardiola a sua primeira derrota numa decisão - agora são seis vitórias em sete finais. Já Mourinho conquistou o seu primeiro título com o Real Madrid - o 12.º na carreira.

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O JOGO - Ao optarem pelas escalações de Mascherano (no lugar de Puyol) e Pepe (como volante) - jogadores com fama de violentos -, Pep Guardiola e José Mourinho demonstravam já saber como seria o clima da partida. Tanto que não foram necessários mais do que cinco minutos para o jogo já ter dois momentos de tensão.



O curioso é que as confusões em campo contrastavam com a postura esperada - e não confirmada - das torcidas. Há 21 anos os torcedores das duas equipes não dividiam as arquibancadas de um estádio. Assim, temia-se não apenas por conflitos físicos, mas também por confrontos ideológicos. Acreditava-se que os catalães pudessem vaiar o hino espanhol perante o rei Juan Carlos, homenageado pela competição e presente no Mestalla. Não foi o que aconteceu.

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Só que dentro de campo os ânimos entre Catalunha e Espanha se acirraram. Os empurra-empurras quase sempre envolviam jogadores da seleção espanhola, ainda tensos pelo bate-boca no túnel que leva aos vestiários do Santiago Bernabéu, ao fim do jogo de sábado, quando Piqué disse que conquistaria o título da "Copa do seu rei" e os madrilenhos, liderados por Casillas, o provocaram a repetir a postura quando estivesse na seleção.



Por conta desta tensão, o primeiro tempo teve poucas chances de gol. O Real Madrid marcava forte no meio-campo, anulava Xavi e Iniesta e levava mais perigo. Daniel Alves e Adriano também subiam pouco ao ataque e matavam uma das melhores armas do Barcelona. Com Özil como titular no lugar de Benzema, o Real jogava muito melhor do que no sábado.

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Se no quesito violência vários lances chamaram atenção - destaque para um pisão de Arbeloa em Villa e outro de Pepe em Messi -, no futebol verdadeiramente bem jogado apenas dois: um chute cruzado de Cristiano Ronaldo, quase sem ângulo, que Piqué tirou em cima da linha, e um cabeceio de Pepe que bateu na trave esquerda e correu toda a linha do gol antes de ser cortada pela zaga do Barça.



No segundo tempo o Real Madrid seguiu melhor pelos primeiros 10 minutos, a ponto de ter mais posse de bola, algo raríssimo contra o Barcelona de Guardiola. A superioridade, porém, foi sendo revertida e, aos 20, já dava só Barça. Aos 23, Pedro chegou a balançar as redes depois de belo passe de Messi. O atacante espanhol, porém, estava em posição de impedimento e o gol foi anulado. A troca de Özil por Adebayor, logo em seguida, só confirmou a tendência de o Barcelona conquistar cada vez mais território no meio-campo.

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Nova ótima chance para Pedro aos 29. O espanhol recebeu pela esquerda da área e fez a escolha por bater por cima, tentando encobrir Casillas e acertar o ângulo. O goleiro se esticou todo, bateu com a ponta dos dedos na bola e salvou o Real.



Nos quinze minutos finais, a partida lembrava muito igual período da decisão da última Liga dos Campeões, entre a Inter de Mourinho e este mesmo Barcelona. Os catalães jogavam com nove jogadores no campo de ataque. O Real, com pelo menos seis dentro da área defensiva.

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No contra-ataque, porém, o time de Madri assustava. Primeiro no excesso de confiança do goleiro José Pinto - recompensado ao começar como titular depois de jogar nas fases preliminares -, que quis sair driblando na entrada da área e quase fez besteira. Depois, quando Cristiano Ronaldo recebeu pela esquerda, impedido, demorou para chutar e recebeu o corte de Daniel Alves. Aos 44, Di Maria arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e Pinte fez defesa fantástica.



PRORROGAÇÃO - Com o Real Madrid visivelmente cansado, Cristiano Ronaldo começou o tempo regulamentar desequilibrando. Aos 7 minutos, ele ganhou de Adriano na corrida, entrou na área à frente da marcação, bateu cruzado, tirando de Pinto, mas mandou para fora. Cinco minutos depois, após bela troca de passes entre Marcelo e Di Maria pela esquerda, o argentino cruzou no segundo pau, Cristiano aproveitou-se da baixa estatura de Mascherano, subiu mais que o adversário e cabeceou para abrir o placar.


Sem opções de ataque no banco - Bojan está machucado -, Guardiola não tinha como mudar o time. Tirou Villa para colocar Afellay, trocou Busquets por Keitá, mas não conseguiu alterar o panorama da partida. Em 17 minutos, o Barcelona não assustou nenhuma vez e viu o Real fazer a festa. Nos acréscimos, Di Maria foi expulso.


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