O Independiente Santa Fe, da Colômbia, foi até o Estádio La Independencia neste domingo para enfrentar o Boyacá Chicó, em Tunja, e o time da casa não mostrou ser um bom anfitrião ao ver um problema dos rivais. Como os uniformes principais dos dois times têm cores semelhantes (um usa vermelho, o outro, laranja), um deles deveria mudar de roupa.
O problema foi que o roupeiro dos visitantes não se precaveu e deixou de levar o uniforme reserva. Diante da situação, o time usou uniforme de treino com esparadrapos fazendo os números no primeiro tempo, e camisas piratas na etapa final, com detalhes pintados com canetas. Em campo, parece ter dado sorte, já que a vitória veio por 2 a 0.
- O mais correto seria eles usarem o uniforme reserva, o branco, e o Chicó não quis usar, então entramos com o uniforme de treinamento. Depois, compramos camisas em Tunja e pintamos os números. Cada uma custou 20 mil pesos (pouco mais de R$ 23) - explicou César Pastrana, presidente do Santa Fe, ao "El Tiempo".
A Umbro, fornecedora do Santa Fe, minimizou o caso, e disse, através do Twitter, que aceita o pedido de desculpas do presidente do clube, ressaltando a aliança.
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O curioso é que já aconteceu um caso semelhante com o próprio Boyaca Chicó no passado. Em 2007, antes de uma partida contra o Cúcuta, a delegação do clube foi assaltada antes da partida, e acabou comprando "camisas de segunda".
Também já aconteceu algo parecido até em Copa do Mundo, em que as seleções precisaram buscar soluções alternativas. Em 1978, a França ia jogar contra a Hungria, e apesar de serem cores distintas (azul e vermelho, respectivamente), o fato de várias televisões serem em preto e branco, fizeram os Bleus pedirem a camisa do Atlético Kimberley, clube de bairro com camisa verde e branco.
O mesmo aconteceu com o Botafogo em 1996. O Alvinegro jogou a final do Troféu Teresa Herrera contra a Juventus, que tem o mesmo uniforme do clube carioca, que acabou usando a camisa do La Coruña, clube que recebe o evento. Detalhe que o calção e os meiões eram do próprio time do Rio de Janeiro.
Até o Brasil sofreu com isso. Na Copa do Mundo de 1958, pegou a Suécia na final, que jogava em casa, e também veste amarelo. A delegação acabou comprando camisas azuis e cortou as principais para fazer os números.