O Santos vai precisar muito do talento de Neymar e Paulo Henrique Ganso e da pressão de sua torcida, que promete fazer da Vila Belmiro um caldeirão, para superar o Internacional, nesta quarta-feira, às 19h45, pela segunda rodada do Grupo 1 da Copa Libertadores da América. Como perdeu na estreia do fraco The Strongest, na altitude de La Paz, na Bolívia, o atual campeão da competição vai entrar em campo pressionado pela obrigação de ter de vencer para não repetir o drama do ano passado para se classificar para as oitavas de final e recuperar a condição de candidato à conquista do segundo título seguido.
O jogo será o reencontro de Dorival Júnior com o mais badalado e vencedor time brasileiro dos dois últimos anos - ganhou dois Estaduais, uma Copa do Brasil e uma Libertadores, além de ser o atual vice-mundial -, criado por ele e que pouco mudou desde a sua saída. Em especial com Neymar, que lhe proporcionou inúmeras alegrias e acabou provocando a sua demissão, com menos de um ano na Vila Belmiro e dois títulos ganhos.
O clássico contra o Corinthians, no domingo passado, na Vila Belmiro, serviu de último ensaio para a "decisão" desta quarta. E o time foi aprovado com louvor porque teve paciência para esperar pelo momento certo para chegar à marcação do gol contra um adversário fechado na defesa e claramente interessado no empate. O quadro poderá se repetir porque, ao contrário do Santos, o Internacional ganhou do Juan Aurich, do Peru, em Porto Alegre, na primeira rodada, e para ele o empate fora de casa é quase uma vitória.
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Com o 1 a 0 de domingo passado contra o até então invicto Corinthians, a confiança dos santistas aumentou, o que o técnico Muricy Ramalho considera que poderá ser decisivo para o time ganhar também do forte e, provavelmente, defensivo Internacional.
INTERNACIONAL - O Internacional terá um volante a mais e um atacante a menos para enfrentar o Santos nesta quarta. Dorival Júnior optou por retirar Dagoberto do time e dar um lugar a Guiñazu, que foi poupado dos últimos jogos, sem retirar os outros dois volantes, Elton e Bolatti. O trio terá a missão de vigiar os habilidosos meias e atacantes do adversário e deixar os laterais Nei e Kleber e os meias Oscar e D''Alessandro mais livres para atacar.
O treinador explicou as mudanças como uma adequação à situação de jogar fora de casa, mas garantiu que o time não será defensivo e nem cauteloso em campo. "Espero que tenhamos condições de realizar tudo o que foi treinado nas últimas semanas", disse Dorival pouco antes da viagem, nesta terça. "Mesmo com três volantes não vamos perder a ofensividade".
O The Strongest, da Bolívia, lidera o Grupo 1 da Libertadores com seis pontos em dois jogos. O Internacional é segundo colocado, com três. O Santos e o Juan Aurich ainda não somaram pontos, mas o time brasileiro jogou apenas uma partida, enquanto que o peruano perdeu as duas que disputou.