Na gangorra que é o futebol, o torcedor do São Paulo, apesar de o time estar nas últimas posições, hoje vive um momento de euforia superior ao dos fãs de Corinthians (6º lugar) e Santos (9º). Com a chegada de Muricy Ramalho, o time venceu duas partidas e deixou a zona de rebaixamento e a torcida já começa a pensar em algo melhor para o futuro no Campeonato Brasileiro.
Os números podem até dar tal esperança. A distância para os rivais corintianos é de apenas seis pontos. No entanto, são 10 equipes a superar para chegar lá. Mais ainda, a pontuação do time (24) é a mesma do Vasco, que abre a zona da degola, na 17ª colocação.
Dessa forma, Muricy refuta qualquer pensamento otimista e se recusa a projetar saltos maiores para o restante da competição. A ordem é se concentrar na luta para evitar o rebaixamento.
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"Temos que encarar a nossa realidade. Não adianta a gente se colocar uma pressão que não tem a menor possibilidade de acontecer no momento", disse o treinador, quando perguntado se uma aproximação ao grupo de classificação para a Libertadores era viável. "Nossa situação ainda é muito ruim. Temos que ter consciência de onde estamos. Cada partida é uma decisão. Vamos avançando e veremos até onde podemos ir."
Na vitória contra o Vasco, domingo, por 2 a 0, em São Januário, a equipe se portou com as características usuais dos times de Muricy. Muita dedicação tática, postura defensiva e eficiência na bola aérea. Panorama já apresentado em grande parte no triunfo por 1 a 0 contra a Ponte Preta, na quinta-feira.
Uma diferença foi a mudança de um esquema com três zagueiros para uma formação com duas linhas de quatro, domingo. Contra o Atlético-MG, quarta-feira, o São Paulo deverá manter tal formação.
"Ainda estamos em busca de um equilíbrio, de evoluir e por isso às vezes tenho que mudar de acordo com o adversário. Mas para o próximo jogo não posso inventar. O (zagueiro Rafael) Toloi está suspenso, então devo recuar o Rodrigo Caio e voltar com o Denilson (para o meio de campo)", adiantou Muricy.